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Estratégia da Produção

Posted by alovose on 17:11
Conceitos básicos:

Eficiência: é a capacidade de extrair o máximo a partir de determinado conjunto de recursos

Competitividade: grau de eficácia de uma organização no mercado quando comparada com outras organizações que oferecem produtos semelhantes. A competitividade do setor produtivo se da por meio dos objetivos de desempenho.

Estratégia: é um plano para alcançar metas. Aproxima a organização de seus objetivos de longo prazo. É uma opção por uma direção. Posiciona a organização em seu ambiente.

Estratégia da Produção: como a função produção contribui para empresa obter vantagem competitiva naquele mercado específico

Papel da função produção

  • implementadora da estratégia empresarial  (operacionalização da estratégia)
  • como apoio para a estratégia empresarial ( suporte à estratégia - com integração das atividades entre os departamentos)
  • como impulsionadora da estratégia empresarial (oferece vantagem competitiva no curto e longo prazo  gerando produtos ou serviços melhores, mais rápidos, em tempo, maior variedade e mais baratos do que seus concorrentes.)


Existe um meio para avaliar o papel competitivo e a contribuição da função produção de qualquer tipo de empresa, que é o modelo de quatro estágios:
Estágio 1: Neutralidade Interna > a função produção mantém-se voltada para dentro e contribui pouco para o sucesso competitivo. (só olha para si, o seu processo)
Estágio 2: Neutralidade Externa > a função produção começa a comparar-se com organizações similares e a adotar as melhores práticas de desempenho. (compara padrões de desempenho)
Estágio 3: Apoio Interno: busca superar as deficiências e aspira ser a melhor do mercado
Estágio 4: Apoio Externo: procura manter-se a frente dos concorrentes. Produção criativa e proativa. Prevê  o longo prazo e se prepara para possíveis mudanças.

Est 1  ------------- Est 2 -------------- Est 3 ------------- Est 4
          habilidade               habilidade               habilidade
         de imple-                   de ser                  de direcionar
          mentar                   adequado              estratégias

OBJETIVOS DE DESEMPENHO DA PRODUÇÃO


Basicamente adaptar os objetivos organizacionais aos objetivos dos stakeholders, ou pelo menos atentar para o impacto sobre eles.  "É responsabilidade da função produção compreender os objetivos (algumas vezes conflitantes) de seus stakeholders e estabelecer objetivos de acordo."

Existem 5 objetivos de desempenho:


  1. Vantagem de Qualidade: satisfazer os consumidores fornecendo bens e serviços isentos de erro "adequados a seus propósitos". [ conformidade, ausência de defeitos, competência, conforto, simpatia, limpeza ]
  2. Vantagem de Rapidez:  diminuição do tempo entre o pedido e o recebimento do bem ou serviço. Maior disponibilidade. Enriquece a oferta. Reduz os estoques e o processamento. Reduz o risco. Proporciona utilidade de tempo e lugar. [ acesso, atendimento, cotação, entrega ]
  3. Vantagem de Confiabilidade:  confere estabilidade. Adquirido no decorrer do tempo. Economiza tempo e dinheiro. Relacionado à rapidez: se houver utilidade de tempo e de lugar, haverá confiabilidade. [ pontualidade, integridade, segurança, robustez ]
  4. Vantagem de Flexibilidade: capacidade de adaptação. De mudar (a operação) o que se faz. Personalização. Variedade. Flexibilidade de volume. Oferta ampla. Variedade de serviços, variedade de volume. Ex.: Dell.
  5. Vantagem de Custos: redução de preços > aumenta a lucratividade. (em custos de produção e em cursos de serviços)

Uma forma importante de melhorar o desempenho dos custos é melhorar o desempenho dos outros objetivos operacionais.
Finalidade:
Aumentar a satisfação do consumidor;
Melhorar a eficiência da organização.


Estratégia da Produção

Configura-se como um padrão de decisões e ações estratégicas que define o papel, os objetivos e as atividades da produção. Contribui para empresa obter vantagem competitiva em mercado específico.

A estratégia de operações possui 4 perspectivas:

  1. Perspectiva Top-Down (de cima para baixo): o que as empresas desejam que as operações façam. Hierarquia das estratégias: estratégia corporativa (tipos de negócios, localização), estratégia de negócios (guia a empresa em relação aos stakeholders) e estratégia funcional ( o que cada função deve desempenhar dentro de cada empresa)
  2. Perspectiva Bottom-Up (de baixo para cima): o que a experiência sugere que as operações deveriam fazer. A partir da experiência operacional. Estratégia moldada com o tempo e experiência da vida real.
  3. Perspectiva dos requisitos do mercado: o que o posicionamento do mercado requer que as operações façam. (o que o mercado quer)
  • influência dos concorrentes e dos consumidores (satisfazer clientes. Ex.: busca por preço baixo, rapidez de entrega);
  • critérios qualificadores e ganhadores de pedidos (razões-chaves para comprar o produto ou serviço)
  • ciclo de vida do produto/serviço (introdução - flexibilidade e qualidade; crescimento - acompanhar a demanda, rapidez, credibilidade e qualidade; maturidade - estabilidade de demanda, custo e credibilidade; e declínio - obj.: custo, redução)
  • clientes diferentes X objetivos diferentes

     4. Perspectiva dos recursos da produção: o que os recursos de operações podem fazer. Competência e capacidades centrais como principal influência para a estratégia.

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Decisões estratégicas estruturais: são as que influenciam as atividades de projeto, ligadas ao projeto, forma de operação produtiva. Ex.: estratégia de desenvolvimento de novos produtos ou processos, estratégia de instalações, de tecnologia etc.
Decisões estratégicas infra-estruturais: são as que influenciam a força de trabalho de uma organização, as atividades de planejamento, controle e melhoria, ligadas ao dia-a-dia da produção. Ex.: estratégia de estoque, capacidade etc.

*Decisões estratégicas infra-estruturais irão orientar (ou dar suporte) às decisões estratégicas estruturais.


Procedimentos para formular a estratégia

Metodologia Hill: baseada na perspectiva Top-Down. Conexão entre diferentes níveis de elaboração da estratégia, desde os objetivos corporativos, passando pela estratégia de marketing, objetivos de produção e decisões estruturais e infra-estruturais. Composta por 5 passos:

  1. compreender os objetivos corporativos a longo prazo
  2. entender a relação entre a estratégia de MKT com os objetivos corporativos
  3. traduz a estratégia de marketing em fatores competitivos (ganhadores e qualificadores de pedido)
  4. "escolha do processo" - análise de volume/variedade
  5. análise das características infra-estruturais

> visões de mercado e recursos
Oportunidades Internas.

Procedimento Patts-Gregory: baseado em identificar lacunas entre o que o mercado quer e como a operação da empresa está atendendo esses requisitos. Comparação entre o que o mercado deseja e como a operação produtiva se desempenha. Composto por 3 etapas:

  1. Identificação de oportunidades e ameaças. O que o mercado deseja. Como a produção entrega;
  2. análise da capacidade e da produção existente;
  3. "o que precisamos fazer para melhorar?" Estratégia de produção revisada.
Exigências do mercado e desempenho da produção.
Oportunidades Externas.

Fim. (sos Lady Gaga x_x)

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O gerente de produção e a tomada de decisão

Posted by alovose on 14:39
  • Os gerentes de operações ou produção são responsáveis por planejar e tomar decisões que afetam diretamente o sucesso da organização. Criam regras e estruturas de decisão que permitem ao sistema produzir produtos e entregar serviços de acordo com o esperado.
Existem três tipos de responsabilidades:



  1. Responsabilidades Diretas: 

  • entender os objetivos estratégicos da produção
  • projeto de produtos e serviços
  • planejamento, controle e melhoria do desempenho da produção (melhor emprego dos recursos de produção, assegurando, assim, a execução do que foi previsto - melhorar o desempenho de suas operações)
    2.  Responsabilidades Indiretas:
  • integração com outras áreas da organização, criando responsabilidades mútuas
    3.  Responsabilidades Amplas:
  • responsabilidade ambiental, social, gestão do conhecimento, tecnologia, globalização

Campos privativos do Administrador da Produção: Controle, Pesquisa e Planejamento da produção, e análise de custos.

TOMADA DE DECISÃO


Decisão: é o curso de ação escolhido como o meio mais efetivo à disposição para alcançar objetivos pretendidos.

Pressupõe-se que existam três tipos de ambientes de decisão:
1) Certeza: onde custo, capacidade e demanda tem valores conhecidos;
2) Risco: onde existem apenas resultados esperados - probabilísticos - previsíveis
3) Incerteza: impossível avaliar a probabilidade de ocorrência de vários eventos futuros possíveis. Ex.: desastres naturais.

Processo para a tomada de decisão: 

1 - reconhecer e definir claramente o problema
2 - coletar informações necessárias para analisar possíveis alternativas
3 - escolher a alternativa mais viável
4 - implementar a alternativa escolhida
5 - monitoramento para que a decisão tomada alcance os resultados desejados

Níveis Decisórios

  • Decisões Estratégicas: menos estruturadas e com consequência a longo prazo. Ex.: localização de nova unidade.
  • Decisões Táticas: são estruturadas, rotineiras, repetitivas, tem consequência a médio prazo.

[ nível gerencial > efeitos a médio prazo. Ex.: Programa da Produção, gestão de estoques.]

  • Decisões Operacionais: são estruturadas e rotineiras, ligadas ao controle e às atividades operacionais da empresa, para alcançar padrões de funcionamento pré-estabelecidos. Ex.: execução dos planos de produção, e execução da gestão de estoques. (execução dos planos ou decisões tomadas no tático)

O processo de tomada de decisão implica muita criatividade e muita imaginação. É sequencial, decisões não são isoladas (fruto de uma série de fatos anteriores). O administrador dispõe de vários instrumentos para a tomada de decisões, como:
  • abordagem quantitativa: através de soluções matemáticas e estatísticas para resolver problemas gerenciais;
  • análise de custo-benefício;
  • estabelecimento de prioridades (há elementos mais importantes que outros);
  • abordagem sistêmica: levar em consideração o impacto sobre todas as partes do sistema;
  • ética (como as decisões irão afetar os stakeholders)
  • outras ferramentas: ponto de equilíbrio, árvore de decisão (modelo com alternativas disponíveis e possíveis consequências), análise da sensibilidade (variação de preço, demanda e taxa de juros que podem afetar as alternativas escolhidas), matriz de preferência (classifica as alternativas de acordo com vários critérios de desempenho)

Existem alguns obstáculos para a decisão de qualidade, que são
Racionalidade restrita: limites impostos na tomada de decisões devido a fatores como:
  • limitações pessoais (hábitos, julgamentos, valores pessoais etc)
  • dificuldades oriundas do ambiente (flutuação da política econômica)
  • custos
  • tempo
  • conhecimento insuficiente
  • escolha do problema certo
Além disso, questões éticas influenciam diretamente, já que os gerentes precisam levar em conta como suas decisões irão afetar os acionistas, a Administração, os funcionários, os clientes, a comunidade em geral e o meio ambiente.

E aqui um print do esqueminha no nível decisório:

Tendências da administração:
  • melhoria da produtividade
  • competição global
  • rápidas mudanças tecnológicas
  • questões éticas
  • questões ambientais

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Administração da Produção nas Organizações

Posted by alovose on 13:10
Administração da Produção é responsável pela transformação dos INPUTs em OUTPUTs. Em outras palavras, recebe recursos de entrada, transforma-os e os devolve em forma de bens ou serviços. Existem diferenças básicas entre o processo de produção de bens e serviços, relacionados principalmente com a natureza dos seus INPUTs. Os inputs são divididos em: recursos transformados (aqueles que são convertidos de alguma forma: materiais, informações, consumidores. Ex.: fábrica, jornal, hospital, respectivamente) e recursos de transformação (aqueles que agem sobre os recursos transformados: funcionários e instalações). Já em relação aos outputs, bens e serviços diferenciam-se de acordo com:
- tangibilidade
- estocabilidade
- transportabilidade
- simultaneidade (serviços consumidos no momento em que são produzidos = simultâneo)
- contato com o consumidor: bens - contato baixo; serviço - contato alto
- medida de produtividade: bens - simples; serviços - difícil

A função produção tem como responsabilidade satisfazer as solicitações dos consumidores por meio da produção e entrega de produtos e serviços. À medida que o marketing (comunicação) identifica as necessidades dos consumidores e a função desenvolvimento do produto ou serviço CRIA ou desenha novos produtos, a função produção tem como objetivo produzir e entregar, ou ainda, disponibilizar o produto ou serviço ao consumidor. A função produção configura-se como uma das funções centrais na organização, juntamente com o marketing (incluindo vendas) e a função desenvolvimento do produto ou serviço. Entretanto, é necessário trabalhar em conjunto com as funções de apoio, como a função contábil e a função recursos humanos.

A importância do gerente de operações, nesse caso, está em sua capacidade de planejar e tomar decisões em cima de demandas, criando assim medidas de desempenho e melhoria das atividades. Estabelecem regras e estruturas de decisão que permitem ao sistema produzir produtos ou entregar serviços de acordo com o esperado.

A função produção deve integrar os departamentos da organização de modo a formar uma cadeia de valor, ou seja, uma série de processos inter-relacionados que produz um serviço ou produto para satisfação dos clientes. Dinâmica da logística interna. É a integração de inúmeros elos para o processamento de materiais, buscando agregar valor DURANTE o processo de transformação.

Processos essenciais (entrega valor ao cliente externo) e processos de apoio (provem recursos para que os processos essenciais funcionem): mais ou menos a mesma divisão das funções centrais e de apoio.

O que é valor agregado?
É o termo utilizado para descrever a diferença entre o valor ou o preço dos outputs e o custo dos inputs.

Os 4 V's da Produção


Embora as operações sejam similares entre si na forma de transformar os recursos de input em output de bens e serviços, apresentam diferenças em quatro aspectos importantes: as operações produtivas diferem uma da outra em termos de:
1) volume de output
2) variedade de output
3) variação da demanda do output
4) grau de "visibilidade" (contato com o consumidor) envolvido na produção do output

VOLUME: quanto maior o volume, menor o custo pra produzir. Custo unitário baixo. Denota sistematização e especialização. Se o volume for baixo, o custo unitário tende a ser maior tendo uma existência de menor sistematização.
VARIEDADE: Quanto menor for a variedade, menores serão os custos. Denotando padronização e rotinização. Por outro lado, quanto maior a variedade, maiores serão os custos. Por ser flexível, atende melhor as necessidades dos consumidores.
VARIAÇÃO DA DEMANDA: Quanto maior a variação da demanda, mais flexível a empresa deverá ser. Dessa forma, deve se antecipar frente as variações, o que resulta em um alto custo unitário. Quanto menor a variação de demanda, menor o custo unitário, maior a sistematização e mais estável é a organização.
VISIBILIDADE (contato):  Quanto menor a visibilidade menores serão os custos. CU baixo. Tempo entre produção e consumo padronizado. Alta visibilidade pressupõe tolerância de espera limitada, satisfação pela percepção, alta variedade e alto custo unitário.

Sistematizando:


VOLUME   –       ALTO   =  CUSTO BAIXO
                                             
VARIEDADE   -   BAIXA  =  CUSTO BAIXO
VARIAÇÃO  DA - BAIXA  =  CUSTO BAIXO
     DEMANDA
VISIBILIDADE -   BAIXA = CUSTO BAIXO  

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Produtividade

Posted by alovose on 11:50
É um índice que mede a relação entre o OUTPUT (bens ou serviços) gerado e os INPUTS utilizados (recursos como mão-de-obra, energia, materiais). Diz respeito ao menor ou maior aproveitamento dos recursos no processo de produção, ou ainda, o quanto se pode produzir a partir de determinada quantidade de recursos.

Produtividade = OUTPUT/INPUT

Produtividade Parcial: relação entre o que foi produzido e o que foi consumido de UM dos insumos utilizados.
Produtividade Total ou Multifatorial: relação entre o output total e a soma de todos os inputs.

Formas de melhorar a produtividade:
1) produzir mais output utilizando o mesmo nível de inputs;
2) produzir mais output utilizando um menor nível de inputs;
3) produzir a mesma quantidade de outputs com um nível menor de inputs.


Finalidade: utilizado para comparar desempenhos, como ferramenta gerencial e instrumento de incentivo.

Nem sempre a relação de produtividade e lucro é direta.

Fatores que afetam a produtividade:
- escassez de alguns recursos
- mão-de-obra (treinamento)
- inovação (tecnologia)
- restrições legais
- métodos gerenciais e organização do trabalho
- qualidade de vida
- situação econômica do país e do setor da economia analisado

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desenvolvimento sustentável e evolução histórica do processo industrial

Posted by alovose on 11:31
Desenvolvimento Sustentável

pressupõe a utilização consciente dos recursos naturais, promovendo a eliminação dos desperdícios e a proteção do meio ambiente, de modo que a satisfação das necessidades presentes não comprometa a satisfação das necessidades das gerações futuras. O tripé da sustentabilidade: ambiental, econômico e cultural. > Proporcionar que as gerações futuras possam ser produtivas e competitivas.

AGENDA 21: busca conciliar o desenvolvimento sócio-econômico com a conservação e proteção do meio-ambiente com o objetivo de frear a degradação ambiental e promover a sustentabilidade.  É um instrumento de planejamento participativo para a construção de sociedades sustentáveis em diferentes bases geográficas que concilia métodos de proteção ambiental, justiça social e eficiência econômica.

"Economia verde". Eliminação da pobreza. "direito à vida saudável e produtiva, em harmonia com a natureza."

Evolução Histórica do Processo Produtivo


Até 1800, os processos eram artesanais, a produção era lenta e dispendiosa, não havia economia de escala. A partir de 1800 ou final do século XVIII, tem-se a 1ª Revolução Industrial pressupondo a presença do Administrador para planejar e organizar fábricas. O período que compreende os anos entre 1900 e 1950 é marcado pelo surgimento da Administração Científica, tendo grandes nomes como Taylor, Ford e Fayol. A primeira etapa é marcada pela especialização e divisão do trabalho; a segunda etapa destaca-se pela mecanização, as ferramentas foram substituídas por máquinas e a produção passou a ser massificada e padronizada com o estabelecimento da linha de montagem (maior número de peças intercambiáveis = maior rapidez na produção = padronização). Fayol desenvolve as funções da administração com o POC³ (planejar, organizar, coordenar, comandar e controlar). Ainda nesse período, existe uma significativa movimentação nos estudos das Relações Humanas, o foco passa a ser o fator humano, ênfase na motivação e estudos sobre necessidades humanas. Ênfase no bem-estar do indivíduo. No período seguinte, 1950 a 1960, os estudos são direcionados em busca da qualidade, com destaque para o modelo japonês de produção (Sistema Toyota de Produção), surgindo logo após a 2ª Guerra Mundial, marcada pela destruição do país. A ideia principal era a de eliminação dos desperdícios, o Just In Time, a produção enxuta e o benchmarking. Utilização eficiente dos recursos em função da escassez dos mesmos no Japão. O período compreendido entre 1950 e 1970 destaca Peter Drucker como o Pai da Administração Moderna (estudos: Administração por Objetivos). Surgimento da Pequisa Operacional com utilização de técnicas de simulação e programação linear. Desvinculação (do uso total) da intuição no processo decisório. 1970-1990: destaque para o setor de serviços. Crescimento de potências como o Japão. Novas técnicas: Reengenharia, Downsizing, Just In Time, Produção enxuta. A última fase caracteriza-se por ser a Era do Conhecimento e prioriza o principal capital das empresas: seus funcionários.

(de outro modo)
4ª etapa: automação do processo de fabricação que reduz a demanda de mão-de-obra (restrito às grandes empresas - robô industrial)
5ª etapa: otimização de processos (aproveitamento máximo de recursos materiais e humanos) trabalho limitado à vigilância e à supervisão;
6ª etapa: terceirização: delegar a ouras empresas a realização de parte do processo industrial.

Evolução Histórica no Brasil 


Até 1910: país essencialmente agrícola
1910-1940: implantação de indústrias de tecnologia simples
1950: surgem as primeiras escolas de Administração
a partir de 1973: ingresso na tecnologia de ponta

o básico do básico.

Ainda falta: Administração da Produção na Organização, O Gerente de Operações e a Tomada de Decisão, Estratégia da Produção e Produtividade... ou seja, isso aí em cima é 0,01 do que vai ter na prova.

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Considerações: O Príncipe - Maquiavel

Posted by alovose on 15:05
Sem saco pra continuar a escrever sobre O Príncipe e A Guerra dos Tronos. Então aqui, um pequeno resumo das principais contribuições de Maquiavel para o mundo, discutido na última aula de Ciência Política. Foto¹:

Embora, a primeira vista se tenha uma reação muito negativa quanto à Maquiavel, penso que grande parte da disseminação dessa fama de truculento, mesquinho e mau, seja fruto da "ira" da Igreja Católica. Afinal, Macc provocou a ruptura com o cristianismo, desvinculou a religião das decisões políticas. E mais do que isso, quebrou valores que eram convencionados pela Igreja, como quando diz que a crença da predestinação é inútil. O homem pode alcançar o poder, ter sucesso, ser rico e isso não vai levá-lo para o inferno. O homem deixa de ser objeto da história (já que nessa visão ele é vítima do destino) e passa a ser o próprio sujeito (o homem pode escrever a sua história, ser o agente da ação). Além disso, qualquer homem pode ser vitorioso, desde que saiba utilizar a virtú (sabedoria) e saiba tirar proveito da fortuna (sorte/acaso) - colocando situações inesperadas a seu favor.

Dessa forma, Maquiavel preconiza um Estado laico, onde os homens podem agir na vida pública. O príncipe não pode agir de acordo com a moral religiosa, mas de acordo com a necessidade da situação.

Maquiavel parte do pressuposto filosófico de que a natureza humana é maligna, ruim. A maldade está oculta em todos os homens. E quando surge a oportunidade, ele a usa. Por isso a necessidade de exercer poder e aí entra a política como intermediadora, a ciência do poder, para balizar os interesses da sociedade. Uma sociedade em que é dividida entre aqueles que querem oprimir e dominar, e aqueles que não querem ser oprimidos tampouco dominados. E justamente por explanar as coisas dessa forma,  as duas faces do poder, Macc alerta os príncipes mas também da lição ao povo. A política é um jogo de interesses, simulação de papéis, onde é imprescindível  fingir ser o que não é².

Maquiavel diz ainda que a característica do príncipe deve ter é a onipotência, ele deve desejar o poder³. Na célebre frase de Macc que "é melhor ser temido do que amado", vale ressaltar QUE, ele só admite essa opção quando não se pode escolher as duas coisas ao mesmo tempo (em equilíbrio), então é mais seguro ser temido. E defende sua ideia partindo do ponto em que o homem ofende mais facilmente aquele que ama do que aquele que teme, pois o temor é mantido pelo medo do castigo. Mas atenção: não confundir ser temido com ser odiado. Esse temor tem mais a ver com respeito do que com ódio, afinal o príncipe deve sempre buscar o amor dos seus súditos, se não houver saída, buscar então, o respeito. E aí entra a outra frase "os fins justificam os meios". Pode-se buscar o respeito através da força e da violência, podendo punir exemplarmente aqueles que iniciam as desordens no reino a fim de se evitar desordens maiores no futuro. Além disso, o príncipe não deve manter a sua palavra quando esta não lhe convém, ou quando as causas que o levaram a empenhá-la desapareceram. E AÍ, entra a questão das estratégias da manutenção do poder. Fazer o mal de uma única vez e o bem "à conta-gotas". Agora, a gente acha isso tudo muito radical e desumano. Mas não é praticamente isso que acontece hoje?! O problema está em nossa cabecinha que idealiza tudo, e bem nessa questão, Maquiavel se destaca por romper com os clássicos greco-romanos (apenas nesse aspecto, já que resgata fatos históricos como forma de aprender com a experiência passada, afinal a sociedade é mutável, mas a história é cíclica, e aí reside a necessidade de conhecer o passado e aprender com ele), que na maioria das vezes preconizava uma república ideal, como A República de Platão. Maquiavel escreveu sobre a realidade como ela é, e não como deveria ser.

Bem, na minha opinião, Maquiavel não foi essa coisa temível e odiosa que no primeiro momento a gente tende a pensar que é - a  gente, vírgula, eu sempre simpatizei com ele. A grande questão dessa sua má fama, está associada a quebra de valores, à ruptura com a moral religiosa e o retrato da sociedade como ela é. O Príncipe é um clássico que é utilizado pelos principais líderes da atualidade. Os escritos tanto proporcionam uma visão detalhada dos governantes como também dos governados, depende do ponto de vista e depende da interpretação que é feita. Por isso, é mais do que recomendável ler a obra mais de uma vez, porque se pode fazer várias interpretações. Particularmente tive essa sensação quando li pela segunda vez. E sei que não vai demorar para ler uma terceira, quarta ou quinta vez. O livro é irremediavelmente bom (apenas para dizer que aprendi essa palavra nova em algum livro que não lembro e tive que usar - deve sim ter sido o Guia do Mochileiro das Galáxias).

1: Pra quebrar um pouco o clima e em vez de o príncipe, colocar a minha princesa/rainha. hehe
2: Na hora que falei isso na aula, deu uma vontade loooooooooouca de colocar Lady Gaga na história e falar da Poker Face, mas né... não tive essa audácia.
3: Isso é verdade, podemos claramente ver isso na nossa deusa Lady Gaga.

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O Príncipe e a Guerra dos Tronos

Posted by alovose on 08:12
Depois da releitura de "O Príncipe" do querido Niccolò Macchiavelli (vale ressaltar que a releitura esclareceu mil coisas que não entendi da primeira vez), não pude deixar um momento se quer de relacionar com o cenário da série "A Guerra dos Tronos". E achei fantástico o modo como foi fácil relacioná-los.

O livro está dividido em 4 partes (mas eu quero falar só de duas): a primeira faz análise dos diversos tipos de principados (ou governos), os meios de conseguir conquistá-los e como mantê-los após a conquista. Maquiavel diz que existem dois tipos de príncipes, o natural (hereditário) e o novo (não-hereditário). Ambos enfrentam dificuldades para manter o reino, entretanto, o príncipe natural possui dificuldades menores já que para ter sucesso, basta manter os costumes de seus antepassados (claro, não só isso, mas o essencial está aí). O príncipe novo é o que mais encontra problemas, já que na maioria das vezes conquista o reino por meio de batalhas "injustas" (ele não tem o direito ao trono já que não é da linhagem real ou pelo menos não está na linha de sucessão) e o poder conquistado é usurpado. Os perigos de não aceitação do novo príncipe são gigantescos, uma revolta no reino é iminente, ora por conta do descontentamento ora pela crença do povo no bem-estar futuro que esse príncipe possa trazer, criando  ilusão e a posterior revolta após promessas não serem cumpridas e/ou mantidas. Robb Stark quando assume  Winterfell é aclamado pelo povo, aliás, é bem aceito. Tudo ocorre com normalidade, Robb é próximo Stark da linha de sucessão. Ele mantém os costumes do pai Eddard Stark. Esse é o príncipe hereditário. Entretanto, para os mais avançados na série, Theon Greyjoy assume, por meio de um ataque surpresa e bastante arriscado, o castelo. A revolta do povo de Winterfell é monstruosa, sendo estes responsáveis por diversos atentados no castelo contra os novos ocupantes. Em "O Príncipe", Maquiavel diz que quando ocorre essa troca de figura do poder, é essencial para o novo príncipe manter os costumes, leis e impostos, sem extinguir a linhagem do príncipe (desde que não provoque problemas). O Príncipe deve habitar no local conquistado para conseguir acompanhar as desordens do castelo e conseguir reprimi-las com velocidade, de modo que deve buscar sempre conquistar o "amor" dos súditos. Theon fez tudo isso, mas ao contrário, embora tenha falhado na extinção da linhagem real dos Stark. Ele até tentou morar no castelo, e tentou reprimir as desordens (causadas por ele mesmo após invadir o castelo), mas as decisões que tomava o afastavam da possibilidade de conquista do amor do povo, já que comumente decidia por decapitar quem quer o desrespeitasse e não o aceitasse como Senhor de Winterfell. [é cada uma, viu]

Não que Maquiavel não consentisse com a crueldade do jovem Theon, (até porque "os fins justificam os meios") mas havia "porém's", casos e casos. Como Theon conquistou Winterfell com um pequeno número de soldados (é essa palavra? vixe), dias depois, os vassalos de Winterfell reuniram-se no lado de fora do castelo para expulsar Theon de lá. Segundo Maquiavel, todo reino fácil de conquistar é difícil de manter, e inverso também vale. Quando os principados são conquistados por meios criminosos, levam à conquista do poder, mas não a glória. E Theon sentia-se muito desgostoso, mesmo após estar no trono do Gelo.Visivelmente preocupado, já que não dispunha de muita força para combater, Theon (burro) contratou um mercenário para buscar outros mercenários que iriam compor sua tropa e então enfrentar os vassalos de Winterfell. Maquiavel diz: cuidado com forasteiros potencialmente fortes. Os mercenários até conseguiram destruir os vassalos dos Stark. Entretanto, após o combate, voltaram para o castelo e mataram Theon e sua corja. Novamente, Theon não fez a lição de casa. Vale ressaltar que além de ter ocupado o trono de Gelo, Theon fez com que acreditassem que (ele mesmo) extinguiu a linhagem Stark, expondo em lanças as supostas cabeças dos pequeninos Stark: Rickon e Bran. E creio eu, este foi o estopim da revolta entre quem estava dentro do castelo e os de fora (vassalos) contra Greyjoy.

Entretanto, o que Theon teve de burro, Robert Baratheon compensou com astúcia. Quando destruiu os Targaryen - dos dragões e do fogo - (muito antes de tudo o que foi dito acima acontecer), Robert não era da linhagem real. Conquistou o reino de Westeros (os Sete Reinos) com muita dificuldade, porém com armas próprias e mais: ele era o líder da tropa. Embora até o final de sua vida tenha agido com certa displicência e à beira de "porres" e extravagâncias, foi um bom Rei. Não oprimiu o povo. Agia entre eles e foi o que a gente conhece hoje como um líder carismático. Carismático? Será? Aceito objeções. Mas em comparação de Robert com Joffrey (suposto filho de Robert com Cersei, que é na verdade fruto do incesto de Cersei com seu irmão Jaime), Robert foi Jesus na causa. Bem, só pra citar os diversos exemplos no livro que podem ser utilizados. Voltarei para o caso Greyjoy.

Em suma, Theon deveria ter o povo como amigo, mas como foi negligente, teve o povo como inimigo. Confiou demais nos mercenários e perdeu o que conquistou pagando com a própria vida. O que se pode concluir que: ao assumir o poder de um lugar novo, deve-se buscar a confiança das pessoas e não suscitar o ódio das mesmas. Não se deve (logo de cara) querer mudar os costumes do local. Se quer fazer isso, faça lentamente. Opa, mas Macc (pros íntimos) diz que: se quer fazer o mal, faça-o de uma vez só. Mas quem disse que a mudança é um mal?! Nem sempre. Depende dos objetivos de quem governa e depende do modo como a mudança é empregada. Mas no sentido organizacional, modificar a cultura de uma empresa é muito difícil, de modo que, eu acredito, deve ser feita lentamente, até mesmo por conta da aceitação. Vai mudando aos poucos e as pessoas nem se dão conta, de repente, dominay. Ah sim, pensamento super maquiávelico esse meu. E arrisco até transpassá-lo para outras ocasiões que não militares tampouco organizacionais, mas tudo bem.

Vou deixar a outra parte para outro post, que é a parte em que Maquiavel fala da conduta do Príncipe.

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Apresentação: Revolução da Tecnologia da Informação

Posted by alovose on 18:05
Assunto: A revolução da tecnologia da informação


A revolução da tecnologia da informação é um evento que se assemelha à revolução industrial do século XVIII. Obviamente que possui diferentes aspectos, na revolução industrial, por exemplo, sua "matéria-prima" por assim dizer, eram as máquinas sendo operadas por homens; já na revolução da tecnologia da informação, sua matéria-prima são as informações. O fator humano  deixa de ser elemento essencial para o processo produtivo e agora, a mente humana passa a ser a fonte DIRETA no processo de produção. Contudo, sabemos que a revolução da TI não se deu de uma hora para outra, mas de uma série de pequenos acontecimentos que desencadearam a atual revolução.

Estamos em um momento da história em que está ocorrendo uma transformação na nossa cultura em função de um novo paradigma tecnológico: o mundo se tornou digital. Embora os estudos relacionados com tecnologia da informação baseados em microeletrônica tenham sido iniciados antes da 2ª Guerra Mundial (levando-se em consideração a invenção da eletricidade, o telefone e o telégrafo), apenas durante e no período seguinte aconteceram as principais descobertas.  Era um período de forte instabilidade, já que as principais nações do mundo estavam em disputa. Assim, o grande impulsor tecnológico foi o setor militar. Os países envolvidos na guerra investiam fortemente em pesquisas tecnológicas em busca de um diferencial (por meio da tecnologia) que os tornassem supremos frente aos seus inimigos. Percebe-se então, que a utilização bélica foi propulsora da revolução.

Em 1947, houve a criação do semi-condutor, ou do CHIP, como conhecemos hoje. Já na década de 50, o primeiro computador foi criado, com nada mais nada menos que 300 toneladas que ocupava uma área do tamanho de um ginásio esportivo. Na década de 60, uma empresa de nome ARPANET, está em pleno desenvolvimento e busca por algo que possa estabelecer uma conexão entre computadores, redes. Nesse primeiro momento, percebe-se a convergência dos ramos da tecnologia: a microeletrônica desenvolvendo chips, o microcomputador sendo criado em paralelo com o desenvolvimento das telecomunicações, advindos da ARPANET. A essa cooperação científica (já que as inovações não são isoladas) deu-se margem a criação da INTERNET que hoje é considerado o grande marco da era da tecnologia da informação.

A década de 70 é onde, de fato, a revolução da TI começou. Logo em 1971, a microeletrônica cria o microprocessador (a idéia de um computador em um chip), sendo este fato considerado uma "revolução dentro da revolução", não seria mais necessário uma estrutura equivalente a um ginásio para suportar um computador. Nesse momento a INTERNET iniciou, realmente, a sua difusão. Os primeiros passos foram comunicações básicas estabelecidas entre os pesquisadores, e posteriormente, criaram-se redes locais, redes regionais até o que nós conhecemos e usufruímos hoje.


Em 1975, Steve Jobs (e um amiguxo que esqueci o nome), na garagem de sua casa criam o primeiro computador, conhecido como APPLE II, e que só começa a ser comercializado em 1977. No mesmo período, Bill Gates entra em cena, com a criação de softwares e cria a empresa que hoje conhecemos como Microsoft. Ainda nessa década, temos a criação dos modems pelos "the hackers". Na época, não tinham a conotação negativa que têm hoje, na verdade, eles eram pesquisadores autônomos e queriam "popularizar" a tecnologia, de modo que não ficasse restrita ao governo. Entretanto, os equipamentos  careciam de ajustes e apenas na década de 90 é que foram substituídos por aparelhos especializados. Agora na década de 90, ocorre a ascensão da telefonia móvel, com destaque para a NOKIA e a ERICSSON. Quem nunca teve um tijolão dessas marcas não sabe o que é viver. Fato. E por fim, ainda na linha do tempo da revolução, existia até a década de 90, uma projeção para os anos entre 2005 e 2010, de que haveriam aparelhos capazes de se conectar a internet com muita facilidade. Diferentes tipos, e blablabla. A profecia tecnológica foi cumprida, hoje é muito fácil se conectar e a variedade de aparelhos capazes de fazer isso é monstruosa.

Bem, paralelo a esse movimento, à difusão da microeletrônica em conjunto com as telecomunicações, temos o desenvolvimento da engenharia genética, que é a união entre as ciências naturais e a eletrônica. Ainda na década de 70, precisamente no final desta, é feito o primeiro clone do gene humano, porém surgem inúmeras discussões acerca da ética e segurança, a possibilidade de manipular a vida, o destino humano, gera uma polêmica muito forte e resulta em uma desaceleração do ritmo das pesquisas, ou pelo menos na difusão da aplicação dessas pesquisas. Elas não deixaram de ser feitas, mas houve certo retardamento em seu desenvolvimento. Nesse mesmo período, a agroindústria entra em cena com a manipulação de alimentos. E no final da década 90, mais ou menos em 1997, o primeiro clone animal é realizado com a ovelha Dolly. Que de maneira análoga ao clone do gene humano, surtiu inúmeras discussões de ética, religião e direito. Entretanto, entende-se que a clonagem de animais é inviável, já que fazê-la em massa é muito arriscado. Por exemplo, se clonarem um rebanho inteiro, todos os animais terão os mesmos genes, e se acontecer de um vírus letal atingir UM animal, atingirá todos os outros, e assim as perdas serão brutais. Os pesquisadores enfatizam mais a questão da experiência utilizando os animais. Por isso, existe o binômio entre sociedade e natureza. Será que é interessante para a sociedade ter o domínio da ciência da vida a tal ponto de poder interferir em seu curso normal? Quais as consequências hoje para a nossa geração? E para as gerações futuras? Tais questionamentos imprimem certa estagnação no avanço das tecnologias, entretanto, é algo a que se pensar. Hoje em dias as pesquisas giram em torno de órgãos que possam ser capazes de se auto-regenerar, além de tentar identificar doenças ou predisposições à tais ainda nos genes e interferir no destino humano. [ Minha opinião pessoal diz que essa possibilidade de manipulação da vida humana é extremamente perigosa, já que o homem quando detém certo poder, ele não quer apenas uma parte, mas TUDO, o que possa favorecê-lo. Já imagino uma sociedade criada em laboratório, "refém" de 10 administradores do mundo, como no livro "Admirável Mundo Novo" e, ah, tenho um medo eterno de que essas ficções científicas se tornem reais, porque... - só uma coisa - a supressão da individualidade é uma coisa que, definitivamente, não me agrada.]

De todo modo, pra fechar essa pequena parte, como se deu o surgimento desse novo sistema tecnológico?! Resposta (tipo questões da escola): Através da interação das principais tecnologias, a difusão das inovações tecnológicas e as descobertas autônomas.

A grosso modo, as coisas se deram mais ou menos assim:

Microprocessador   >   Microcomputador  >   avanços em telecomunicações >  redes (INTERNET)        > softwares =  teia mundial voltada para o usuário*


Que é a atual rede em que nos encontramos hoje, gigantesca. E pra finalizar essa parte, uma citação do livro:

“O surgimento da sociedade em rede não pode ser entendido sem a interação entre essas duas tendências relativamente autônomas: o desenvolvimento de novas tecnologias da informação e a tentativa da antiga sociedade de reaparelhar-se com o uso do poder da tecnologia para servir a tecnologia do poder.”

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A sociedade em redes - parte I

Posted by alovose on 15:13

Bem, não preciso nem falar que estou embriagada com essa leitura do livro de Manuel Castells, né?! Pois então. Mesmo estando no início do livro, super recomendo e elege-o como um dos melhores livros que já li, em se tratando de estudo científico.

Tentarei fazer um breve resumo a fim de elucidar as principais idéias, além de exercitar minha escrita e me preparar pra apresentação do primeiro capítulo em sala de aula na próxima sexta-feira.

Vou começar logo pelo que me deixou tonta nas primeiras páginas. A comparação da ascensão do capitalismo com a criação de buracos negros. Depois da super explicação do meu amigo físico/matemática/doutor leonino, aqui vai:

Buracos negros são derivados de movimentos físicos que atingem uma velocidade quase ou igual a velocidade  da luz, e funcionam como um sugador de matéria e energia que nunca está satisfeito. Ou seja, um buraco negro estará sempre sugando energia/matéria para si. De maneira análoga, Castells coloca a ascensão do capitalismo como um movimento cuja consequência está em uma liberação muito grande de energia que teve como resultado a miséria humana, sendo esta, o buraco negro. Assim, como o buraco negro possui uma busca infinita por energia, a miséria também busca essa energia incansavelmente, conhecida como riqueza. Entretanto, por mais que consiga absorvê-la, nunca será suficiente, e proporcionará uma falsa sensação de melhoria de vida, uma vez que a parcela da sociedade que está na miséria desfruta marginalmente da riqueza do capitalismo, por mais que o buraco negro absorva matéria e energia, nunca será suficiente. Quanto mais rápido as modificações no sistema capitalista, quanto mais acelerado for, maiores são as quantidades de buracos negros, ou seja, de miséria.

A era da tecnologia da informação, tem como característica a consagração de uma nova estrutura social  marcada pela presença e o funcionamento de um sistema de redes interligadas. Sociedade globalizada é sinônimo de aplicação e uso da informação. Nesse sentido, percebe-se a existência de uma linguagem universal digital, envolvendo redes interativas de computadores, promovendo a hiperatividade mental e mudanças sociais, criando novas formas e canais de comunicação, por exemplo, e moldando a vida na sociedade, além, é claro, de ser também moldada por ela. O avanço da sociedade redefiniu fundamentalmente as relações entre homens, mulheres, crianças, família, sexualidade e personalidade. O ataque ao patriarcalismo (hoje, enfraquecido), possibilitou a transformação da condição feminina, e estabeleceu um domínio de disputas entre os sexos, a luta pela universalidade dos mesmos e direitos iguais para ambos. O capitalismo trás consigo a exaltação da individualidade, e em conjunto a toda tecnologia disponível nos dias de hoje, provoca certo tipo de fragmentação social, onde identidades específicas se formam e se tornam difíceis de compartilhar. A busca da identidade coletiva ou individual passa a ser a fonte básica de significação social, tendendo assim, a individualização do comportamento. Acho que ficou contraditório. hmmmmm


A tecnologia não determina a evolução história ou a transformação social de uma sociedade. A existência da tecnologia ou a sua falta, incorpora a capacidade de transformação das sociedades. A China, por exemplo, possuía meios para se industrializar muitos anos antes da Revolução Industrial na Europa no século XVII, mais ou menos por volta do século XIV, mas não foi possível já que "não soube utilizá-los". Assim, o que determina a tecnologia, é a habilidade de dominá-la e então transformar a sociedade. Progredir. Agora, em a China "não soube utilizá-los" não é tão simples assim. Além de ser um país imperialista, existia certo isolamento em relação aos outros países. O Estado é o principal entrave para o desenvolvimento da China. A burocracia imperial detinha o controle total do país e acreditava que a transformação tecnológica causaria impactos potencialmente destrutivos a estabilidade social deles. A China passou por um looongo período de dominação incontestada, e com isso teve a interrupção do desenvolvimento tecnológico, atrelado a fome, epidemias, dominação colonial, guerra civil, e tudo isso pelo menos até meados do século XX. Em termos de datas, a China detinha o poder da tecnologia entre 1300 e 1800, período justamente no qual a Revolução Industrial na Europa começou.

Paralelo a China, o Japão passou por situação parecida, embora estivesse voltado para o processo de modernização e desenvolvimento interno, expandiu-se através do estabelecimento de relações comerciais com outros países, principalmente com países do Ocidente. Vale ressaltar que esse processo de modernização no Japão, foi imposto pelo Estado, mas obteve resultado positivo, em comparação com o isolamento fracassado da China.

Dessa forma, conclui-se que o papel do Estado é fundamental e decisivo no processo geral relacionado a tecnologia e sociedade.

Agora que me perdi nos meus tópicos do resumo, vou só copiar alguns anotações:

As instituições sociais impõem o cumprimento das relações de poder em cada período histórico, inclusive controles, limites e contratos sociais conseguidos nas lutas pelo poder.

Produção: relação de classes
Experiência: relações familiares, sexualidade, estruturam a personalidade e moldam a interação simbólica
Poder.

O Poder tem como base o Estado e o monopólio institucionalizado da violência > deveres formais e agressões informais > microfísica do poder = Foucault

Capitalismo = maximização de lucros
Estatismo (União Soviética) = aumento do poder

Os modos de desenvolvimento moldam o comportamento social. Modo informacional de desenvolvimento: tecnologia de geração de conhecimentos, de processamento da informação e comunicação de símbolos.

Informacionalismo: visa o desenvolvimento tecnológico/acumulação de conhecimentos. expansão e rejuvenescimento do capitalismo

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to be continued

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Taxa Selic

Posted by alovose on 11:20

Saudações alovoses!






O que é a taxa Selic? Deixando a desejar logo na primeira frase, confesso que fui buscar uma definição na Wikipedia, mas, apenas discorrer a seguir...

"A taxa SELIC é um índice pelo qual as taxas de juros cobradas pelo mercado se balizam no Brasil. É a taxa básica utilizada como referência pela política monetária. A taxa overnight do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (SELIC), expressa na forma anual, é a taxa média ponderada pelo volume das operações de financiamento por um dia, lastreadas em títulos públicos federais e realizadas no SELIC, na forma de operações compromissadas. A meta para a taxa SELIC é estabelecida pelo Comitê de Política Monetária (Copom).


Conforme o Banco Central do Brasil o conceito de taxa Selic é:[1]


É a taxa apurada no Selic, obtida mediante o cálculo da taxa média ponderada e ajustada das operações de financiamento por um dia, lastreadas em títulos públicos federais e cursadas no referido sistema ou em câmaras de compensação e liquidação de ativos, na forma de operações compromissadas. Esclarecemos que, neste caso, as operações compromissadas são operações de venda de títulos com compromisso de recompra assumido pelo vendedor, concomitante com compromisso de revenda assumido pelo comprador, para liquidação no dia útil seguinte. Ressaltamos, ainda, que estão aptas a realizar operações compromissadas, por um dia útil, fundamentalmente as instituições financeiras habilitadas, tais como bancos, caixas econômicas, sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários e sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliários."

A taxa Selic funciona mais ou menos como um "parâmetro" para a definição de outras taxas para operações financeiras. Quando o governo emite "títulos de dívida" quer dizer que ele criou um tipo de vale para garantir o pagamento de uma dívida que ele mesmo fez. O governo empresta dinheiro das pessoas (físicas ou jurídicas) e fornece um título de dívida como garantia de pagamento. Tomando por base que o governo não é inadimplente, a taxa Selic configura-se como a taxa mais segura do mercado, já que baliza as operações financeiras do governo com a população (os títulos de dívida) e possui riscos muito pequenos. Como dito ali em cima pela Wikipedia, a taxa Selic não é uma taxa fixa.

De acordo com o meu pequeno resumo rabiscado aqui no caderninho do inglês, para facilitar o meu entendimento, escrevi que a taxa Selic é uma taxa que os bancos (ou o próprio governo) pagam por empréstimos aos seus "financiadores" (na falta de termos e na dúvida se devo ou não usar credor/devedor). E que, posteriormente, aplicam uma taxa maior (do que a taxa Selic) para cobrir seu gasto com o empréstimo e também para obter lucro com a transação. E isso, obviamente move a economia.

E meu desafio do dia foi explicar o que era isso para mamãe, que veio me perguntar o que era essa Taxa Selic e fiquei sem resposta (por esta razão, estamos aqui escrevendo não é mesmo)...

Lá vai como eu tentei explicar isso para mamãe.

"Mãe, pense assim: você não tem dinheiro nenhum e quer fazer um empréstimo. Fabrício é o banco e não tem dinheiro pra te emprestar. Eu sou uma lady muito rica, com muito dinheiro sobrando e o banco (Fabrício) está de olho em mim, para que eu empreste um dinheiro pra eles. Você quer R$ 1.000,00 emprestado. O que o Fabrício (o banco) faz: ele quer que eu empreste pra ele R$ 1000,00 e, me disse que se eu emprestar pra ele esse dinheiro por 1 mês, no final desse prazo ele me devolve R$ 1.100,00, ou seja, com juros de 10%. Como pra mim é mais vantajoso emprestar o dinheiro pro banco do que deixar aplicado na poupança e receber juros de 2% (por exemplo), eu decido emprestar pra Fabrício. Fabrício (banco) após conseguir o dinheiro comigo, liga pra você e fala assim: dona Neuza, eu tenho o dinheiro que a senhora precisa, e a taxa de juros que vou cobrar para te emprestar é de 20% a.m. Como dona Neuza precisa muito do dinheiro, aceita a operação e pega o dinheiro emprestado. Resultado: Ana terá R$ 100,00 de lucro pelo dinheiro que emprestou. O banco também vai ganhar R$ 100,00 já que dos R$ 1.200,00 que vai receber, R$ 1.100 é o que ele me deve. Agora pense nisso em uma amplitude muito maior. Em mil Anas e mil Neuzas. O banco (ou quem intermediar a operação) vai ter um lucro escandaloso, que vai mover a economia. O inverso também acontece, e é o que atualmente está acontecendo no mundo. Em vez de ter lucro, o prejuízo é encandaloso. Porque das várias Neuzas e Anas por aí, as Neuzas não tem dinheiro para pagar a dívida ao banco, aí o banco também não tem dinheiro pra pagar as Anas, e as Anas, cedo ou tarde, acabarão ficando endividadas também. E AÍ temos um crise global. Ninguém tem dinheiro pra porra nenhuma." But, óbvio que a crise atual não é só isso, mas uma porção de coisas que saiu do controle, como por exemplo, gastos excessivos dos cofres públicos internacionais, em conjunto com uma conhecida íntima aqui do Brasil chamada corrupção).. Acrise, nesse contexto, afeta muitos países porque todos comercializam alguma coisa entre si. Se a Europa está em crise, vai diminuir seu consumo de produtos estrangeiros. Por exemplo, vai parar de comercializar com o Brasil, e justamente no Brasil a crise começará a ser sentida, porque a exportação vai diminuir, afetando as empresas produtoras, que poderá afetar na mão-de-obra e assim, causar demissões em massa e falências e blablablabla


Pois bem, aí vai entrar a taxa Selic, que foi a taxa que o banco me pagou pelo meu empréstimo e que "balizou" a taxa a ser cobrada a seguir para "reemprestar" o dinheiro. (ufa)


Sim, mas ????

A taxa Selic influencia DIRETAMENTE no crédito e na inflação.


"Os bancos cobram sempre juros mais altos dos juros que pagam pelo empréstimo". Quanto maior a taxa Selic maiores serão os juros cobrados nos financiamentos e créditos.


Se a taxa Selic estiver alta, significa que os juros para conseguir crédito na praça também estarão e assim, haverá uma desaceleração na compra. E o inverso também vale. Se a taxa Selic estiver baixa, significa que os juros para adquirir crédito também estarão baixos e assim haverá aumento na compra.


E na inflação? Bem, primeiro o que é a inflação? A inflação é a perda do valor da moeda no decorrer do tempo. Está diretamente ligada ao poder aquisitivo da população. O aumento da inflação significa, basicamente, duas coisas: que os preços dos produtos estão aumentando e que o poder aquisitivo das pessoas está diminuindo.

Ora, se aumentar o poder aquisitivo das pessoas, elas consequentemente irão comprar mais, e como resultado da lei da oferta e procura, com demanda alta os preços também serão altos... os preços dos produtos vão aumentar, e dessa forma, a inflação também (e posteriormente, irá impactar no poder aquisitivo das pessoas e assim por diante). Ou seja, a inflação alta significa que houve (anteriormente) um período de aquecimento da economia. Alto poder aquisitivo, alta procura, altos preços que gerou uma alta inflação e que precisa ser controlada. A alta inflação desvaloriza a moeda, diminui o poder aquisitivo que consequentemente diminui a procura. Que também diminui os preços. Funciona como uma cadeia de acontecimentos que precisa ser intermediada, e por isso a existência de várias unidades de intermediação financeira, como o sistema financeiro nacional e blablabla.


Acho que me perdi no raciocínio porque é muita informação [nada novo por aqui]. Só vou colocar a minha conclusão final do resuminho:


Se a taxa Selic aumentar, as taxas de crédito também vão aumentar (ficarão mais caros) e as pessoas vão comprar menos, não farão muitas dívidas e a procura por produtos vai diminuir. Como consequência, os preços irão novamente reduzir e a população poderá comprar mais.



↓ Taxa Selic = ↑ procura = ↑ preço = ↑ inflação = ↓ poder aquisitivo


Consegui entender, AÍSIM / alovose


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Sistema Toyota de Produção

Posted by alovose on 11:04


O Sistema Toyota de Produção embora tenha sido desenvolvido no Japão é muito mais americano ou ocidental do que oriental. Na verdade é um aprimoramento dos métodos americanos que foram levados a sério muito mais pelos japoneses do que pelos próprios americanos. O americano Deming quando prestou serviços para empresas japonesas, foi apenas reconhecido anos depois pelo seu trabalho e não por tê-los desempenhado em sua terra, mas no Oriente. E as raízes do Sistema Toyota de Produção estão exatamente aí, são um tipo de herança das teorias e técnicas de Taylor, Ford, Deming e outros caras (caras. é).

Bem, o Sistema Toyota de Produção possui duas máximas: eliminação de desperdícios e fabricação com qualidade, onde é essencial que haja comprometimento e envolvimento dos funcionários. Deixa assim, subentendido a existência da administração participativa dos funcionários no processo decisório.
(participação = qualidade + produtividade)


Em uma fábrica, eliminar desperdícios significa reduzir ao mínimo a atividade que não agregam valor ao produto. De acordo com a Toyota, existem 7 desperdícios mortais, que são:
1. tempo perdido em conserto ou refugo;
2. produção além do volume necessário ou antes do momento necessário;
3. operações desnecessárias no processo de manufatura;
4. transporte;
5. estoque;
6. movimento humano;
7. espera.

Ok. O Sistema Toyota de Produção possui 3 idéias principais para eliminar o desperdício, que são:

  •  Racionalização do trabalho: onde em vez de um supervisor, agora existe a figura do líder dentro da equipe devendo este trabalhar junto com o grupo e coordená-lo, substituindo qualquer trabalhador que faltasse. Em seguida esses grupos receberiam tarefas simples de manutenção de seus próprios equipamentos, consertos de pequenas ferramentas e controle de qualidade;
  • Just In Time: - produzir na hora certa, no momento certoo método Just In Time procura reduzir ao mínimo o tempo de fabricação e o volume de estoque. Pra isso promove o corte de vários fornecedores fazendo parceria com apenas uma parte deles visando fortalecer a cadeia de suprimentos. "Na linha de produção o Just In Time funciona como em um supermercado. O operador que precisa de peças entrega um cartão especificando o que deseja e leva outro, que acompanha o material que recebeu. O cartão, chamado KANBAN, é o sinalizador da movimentação de suprimentos.";
  • Produção Flexível: consiste em fabricar produtos, em geral, em pequenos lotes, de acordo com encomendas dos clientes. Para isso, é preciso fazer mudanças constantes nas máquinas da linha de produção. 

A fabricação com qualidade tem como finalidade identificar e corrigir defeitos e eliminar suas causas. Conta também com três elementos: fazer certo da primeira vez, corrigir erros em suas causas fundamentais e círculos de qualidade. 

Pra não estender muito, falarei apenas dos círculos de qualidade, onde um grupo de voluntários de um mesmo setor ou área de trabalho se reúnem regularmente para estudar e  propor a solução de problemas que estejam comprometendo a qualidade e a eficiência dos produtos. A metodologia para aplicar os círculos de qualidade consiste em:
  1. identificar os problemas na qualidade que causam prejuízos
  2. identificar os problemas prioritários
  3. propor soluções e formas de implementá-las para corrigir os problemas
Duas técnicas principais fazem parte da metodologia: o Princípio de Pareto e o Diagrama da Espinha de Peixe ou Diagrama de Ishikawa. 

  • O princípio de Pareto é uma técnica que permite à empresa selecionar prioridades quando há um grande número de problemas. (não vou estender)
  • Já o diagrama de Ishikawa tem por finalidade organizar o raciocínio e a discussão sobre as causas de um problema prioritário de qualidade. (...) Problemas de fábrica, de forma geral, possuem quatro tipos de causas, das quais saiu a designação 4M: mão-de-obra, método, materiais e máquinas. Que podem variar, obviamente, dependendo do tipo de problema e empresa. 

Fator cultural na administração japonesa: combate ao desperdício e trabalho de grupo.

Achei interessante esses escritos sobre a cultura japonesa... vou transcrevê-los aqui:

"O hábito de combater o desperdício é um exemplo de traço cultural muito antigo. País pequeno, com poucos recursos naturais, o Japão estimulou em seus habitantes o espírito da economia e eficiência, a combatividade e a capacidade de cooperação para sobreviver em um ambiente hostil. Depois da guerra, a escassez de recursos tornou-se dramática, provocando dificuldades que só se amenizaram como resultado de um longo período de trabalho duro e metódico. É natural que os japoneses tenham adotado seriamente a doutrina de aprimorar continuamente  a utilização de recursos na administração de suas empresas."

nemawashi: é o processo decisório que se baseia mais no consenso do que na autoridade gerencial. 

  • necessidade de cooperar
  • necessidade de fazer parte de um grupo para manter a identidade e o amor próprio (herança do sistema feudal japonês, era Meiji) 
  • interdependência entre as pessoas
  • organização de uma sociedade em "círculos" interdependentes de pessoas
  • espírito de lealdade ao grupo que reflete em uma ética de responsabilidade social: o indivíduo acostuma-se a pensar antes nos outros que em si próprio.
  • abolição de distinções hierárquicas

palavras-chaves do Sistema Toyota de Produção: eficiência, qualidade e participação dos funcionários nas decisões



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Administração da qualidade

Posted by alovose on 08:05


Eu deveria começar pelo começo do livro que estou estudando, mas a teimosia me faz querer começar pela metade do livro que situa-se exatamente no último capítulo que estudei: Administração da qualidade.
Referência bibliográfica: Teoria Geral da Administração - Antonio Cesar Amaru Maximiano

Conceito

O que entendo por qualidade? Bem, quando ouço qualidade já vou logo imaginando um produto ótimo, fino, eleante e obviamente, digno da minha adoração. Como diria RB (um grande professor de Administração Financeira) "é mais ou menos por aí!". Nesse caso, qualidade remete a várias outras palavras que podem compor uma definição, vejamos:

Excelência, Valor, Especificações, Conformidade, Regularidade, Adequação ao Uso.

Gostaria de comentar o conceito de cada um, mas vai me tirar muito tempo. Porém, gostei do conceito de excelência que está no livro:

Excelência: característica que distingue alguma coisa pela superioridade em relação aos semelhantes e depende do contexto.

Nada de mais... apenas porque aprecio a palavra superioridade. 

Custos de Qualidade e Custos de não-qualidade

Para que os produtos ou serviços de uma organização sejam de qualidade, é necessário fazer investimentos, de modo que a qualidade seja alcançada e mantida ao longo do tempo. Nesse caminho, existem os custos de qualidade e os custos de não-qualidade. 

Os custos de qualidade são basicamente os custos de prevenção de avaliação. No primeiro caso, os custos de prevenção servem para evitar a ocorrência de erros e defeitos. No segundo caso, os custos de avaliação referem-se a custos de inspeção para avaliar o sistema de produção de bens e serviços.

Os custos de não-qualidade são provenientes da falta de adequação ao uso, ou "a falta de qualidade". Nele estão os custos internos e custos externos. Nos custos internos dos defeitos eles são identificados ANTES de   os produtos ou serviços chegarem ao cliente. Já nos custos externos dos defeitos, são identificados DEPOIS de os produtos ou serviços chegarem aos clientes.

Assim, aumentar a adequação ao uso significa eliminar custos (de não-qualidade) e aumentar a eficiência dos recursos produtivos. E exatamente por isso "mais qualidade custa menos".

Eras da histórias da qualidade

A história da evolução que transformou o controle tradicional da qualidade na moderna administração da qualidade total têm três períodos ou eras principais, que são: era da inspeção, era do controle estatístico e era da qualidade total. A era da inspeção caracterizou-se pela possibilidade de observar e manusear produtos que podiam ser expostos. Ainda hoje é possível visualizar tal prática, como em feiras livres ou supermercados. A era do controle estatístico se deu em resposta a produção massificada, que impossibilitou a observação manual de cada peça. Dessa forma, passou a ser inspecionado uma amostra que poderia ser estendida ao lote do qual foi extraída. A era da qualidade total sai do "chão da fábrica" e diz que a qualidade total deve ser alcançada por todos e abrange todos os estágios do ciclo industrial. Focaliza o cliente, e planeja o produto de acordo com as necessidades e desejos do cliente, bem como quanto ele está disposto a pagar. Na era da qualidade total, existe a necessidade da visão sistêmica, implantando um sistema de qualidade envolvendo todos os departamentos da empresa, buscando satisfazer os clientes e atender os interesses econômicos da mesma. Nesse sentido, "a qualidade depende da participação e do apoio das pessoas".

A escola japonesa da qualidade total: aprimoramento da qualidade.

palavras-chaves: predominância do cliente, importância da mentalidade preventiva, necessidade do envolvimento da alta administração.

*retomando o assunto em 26/09/11*

Qualidade total de acordo com Ishikawa e Feigenbaum: a qualidade total é uma responsabilidade de todos, coordenada e orientada por uma gerência de qualidade. 

Bem, como perdi o raciocínio do resumo que ia fazer, acho vou copiar o resto que grifei e que me pareceram importantes no livro. Os 14 pontos de Deming ou princípios compõem um método para implementar a administração da qualidade. Junto com esses princípios trouxe também um plano de ação para eles, o chamado ciclo PDCA, não sei se lembro direito, mas na aula acho que chamavam de matriz PDCA, e não lembrava até reler aqui no livro, porque se não me engano esse assunto foi em TGA 2 e eu não aprendi porra nenhuma. Enfim, o ciclo PDCA (plan, do, checking - observar -, action - relacionado com o estudo dos resultados) coloca em prática os 14 princípios de Deming, que eu LÓGICO, não vou escrevê-los todos aqui porque nem se eu quisesse colocaria todos na cabeça. oxe. Mas de todos eles, achei algumas palavrinhas que me soaram muitíssimo interessante: despertar para o desafio concretizar a transformação

Após todo esse caminho, por volta dos anos 80, depois de todos os princípios e métodos para aplicar a administração de qualidade, esta evolui para a filosofia da qualidade total. 

"Na era da inspeção e do controle estatístico a ênfase está na qualidade do produto ou serviço. Na era da qualidade total, a ênfase desloca-se para o sistema de qualidade." 

A qualidade total abrange também a qualidade assegurada. Onde os fabricantes recebem produtos com qualidade assegurada dos seus fornecedores e repassam produtos de qualidade assegurada para os seus clientes. Assim, por meio da garantia de qualidade, em uma cadeia de produção, a organização procura aprimorar e controlar a administração de seus fornecedores, e não a qualidade de seus produtos ou serviços. 

Ou seja, se os fornecedores não tiverem um produto de qualidade, nós também não teremos um produto de qualidade para oferecer para nossos clientes, e assim, teremos que arcar com os custos de não-qualidade e aí, já viu. 

Para "controlar" a qualidade dos produtos dos fornecedores a empresa pode instituir um tipo de auditoria nessas empresas pra saber se é vantajoso ou não adquirir os produtos de um fornecedor X. E pode fazer isso periodicamente. Para aqueles fornecedores que são aprovados eles passam a condição de credenciados ou qualificados. ou seja, com o selo: AÍSIM

Agora, falarei sobre a ISO, assunto que tive que apresentar um trabalho no final do 5º semestre. 

Bem, a ISO não é nada mais, nada menos que uma organização que sistematiza normas técnicas em todo o mundo. Vamos lá. No Brasil, a ISO é representada pela ABNT, que é a organização nacional da normalização. "Devido a sua grande aceitação, as normas ISO, passaram a ser adotadas como mecanismos de auditoria de qualidade. [...] A família ISO 9000 de normas representa uma espécie de consenso internacional a respeito de boas práticas de administração da qualidade, mas não é uma garantia de qualidade. " - fraco.

Desde os seus primórdios, a industrialização levantou questões relativas à padronização, ao gerenciamento de processos e a qualidade dos produtos. No início do século destacaram-se os estudos de Frederick Taylor (Administração Científica - estudo de tempos e movimentos, racionalização do trabalho, registro de atividades etc) visando racionalizar (padronizar) as etapas de produção, aproveitados com sucesso por Henry Ford que implantou a linha de montagem. Diante disso, com o fim da Segunda Guerra Mundial, em 1946, representantes de 25 países reuniram-se e decidiram criar uma organização internacional com o objetivo de "facilitar a coordenação internacional e unificar padrões industriais." Essa organização é a ISO (International Organization for Standardization) que iniciou suas operações em 1947, em Genebra, na Suiça. 

* normas de gerenciamente da qualidade, na cadeia produtiva, dos fornecedores aos serviços pós-venda.* e essa frase resumiu tudo de tudo de tudo. e tava solta aqui no meu resumo. 

O propósito da ISO é desenvolver normas (de gestão) que possam ser utilizados em qualquer parte do mundo. É uma organização que promove a padronização dos processos. 

A implantação de um sistema de qualidade possibilita o aumento da competitividade, a otimização de processos e a redução de custos, consequentemente, influenciando de maneira positiva a satisfação dos clientes.

E por hoje é só. :D


No próximo post: Modelo Japonês de Administração



alovose

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Posted by alovose on 17:37
Vamos ver se a ideia de escrever meus resumos aqui dará certo, porque necessito de uma maneira diferente de estudar e fixar as coisas na cabeça. Pois é.

só pra estrear (e pra se caso algo acontecer, deixar claro, que o que valeu foi a minha humilde intenção) :D


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