1

Estratégia da Produção

Posted by alovose on 17:11
Conceitos básicos:

Eficiência: é a capacidade de extrair o máximo a partir de determinado conjunto de recursos

Competitividade: grau de eficácia de uma organização no mercado quando comparada com outras organizações que oferecem produtos semelhantes. A competitividade do setor produtivo se da por meio dos objetivos de desempenho.

Estratégia: é um plano para alcançar metas. Aproxima a organização de seus objetivos de longo prazo. É uma opção por uma direção. Posiciona a organização em seu ambiente.

Estratégia da Produção: como a função produção contribui para empresa obter vantagem competitiva naquele mercado específico

Papel da função produção

  • implementadora da estratégia empresarial  (operacionalização da estratégia)
  • como apoio para a estratégia empresarial ( suporte à estratégia - com integração das atividades entre os departamentos)
  • como impulsionadora da estratégia empresarial (oferece vantagem competitiva no curto e longo prazo  gerando produtos ou serviços melhores, mais rápidos, em tempo, maior variedade e mais baratos do que seus concorrentes.)


Existe um meio para avaliar o papel competitivo e a contribuição da função produção de qualquer tipo de empresa, que é o modelo de quatro estágios:
Estágio 1: Neutralidade Interna > a função produção mantém-se voltada para dentro e contribui pouco para o sucesso competitivo. (só olha para si, o seu processo)
Estágio 2: Neutralidade Externa > a função produção começa a comparar-se com organizações similares e a adotar as melhores práticas de desempenho. (compara padrões de desempenho)
Estágio 3: Apoio Interno: busca superar as deficiências e aspira ser a melhor do mercado
Estágio 4: Apoio Externo: procura manter-se a frente dos concorrentes. Produção criativa e proativa. Prevê  o longo prazo e se prepara para possíveis mudanças.

Est 1  ------------- Est 2 -------------- Est 3 ------------- Est 4
          habilidade               habilidade               habilidade
         de imple-                   de ser                  de direcionar
          mentar                   adequado              estratégias

OBJETIVOS DE DESEMPENHO DA PRODUÇÃO


Basicamente adaptar os objetivos organizacionais aos objetivos dos stakeholders, ou pelo menos atentar para o impacto sobre eles.  "É responsabilidade da função produção compreender os objetivos (algumas vezes conflitantes) de seus stakeholders e estabelecer objetivos de acordo."

Existem 5 objetivos de desempenho:


  1. Vantagem de Qualidade: satisfazer os consumidores fornecendo bens e serviços isentos de erro "adequados a seus propósitos". [ conformidade, ausência de defeitos, competência, conforto, simpatia, limpeza ]
  2. Vantagem de Rapidez:  diminuição do tempo entre o pedido e o recebimento do bem ou serviço. Maior disponibilidade. Enriquece a oferta. Reduz os estoques e o processamento. Reduz o risco. Proporciona utilidade de tempo e lugar. [ acesso, atendimento, cotação, entrega ]
  3. Vantagem de Confiabilidade:  confere estabilidade. Adquirido no decorrer do tempo. Economiza tempo e dinheiro. Relacionado à rapidez: se houver utilidade de tempo e de lugar, haverá confiabilidade. [ pontualidade, integridade, segurança, robustez ]
  4. Vantagem de Flexibilidade: capacidade de adaptação. De mudar (a operação) o que se faz. Personalização. Variedade. Flexibilidade de volume. Oferta ampla. Variedade de serviços, variedade de volume. Ex.: Dell.
  5. Vantagem de Custos: redução de preços > aumenta a lucratividade. (em custos de produção e em cursos de serviços)

Uma forma importante de melhorar o desempenho dos custos é melhorar o desempenho dos outros objetivos operacionais.
Finalidade:
Aumentar a satisfação do consumidor;
Melhorar a eficiência da organização.


Estratégia da Produção

Configura-se como um padrão de decisões e ações estratégicas que define o papel, os objetivos e as atividades da produção. Contribui para empresa obter vantagem competitiva em mercado específico.

A estratégia de operações possui 4 perspectivas:

  1. Perspectiva Top-Down (de cima para baixo): o que as empresas desejam que as operações façam. Hierarquia das estratégias: estratégia corporativa (tipos de negócios, localização), estratégia de negócios (guia a empresa em relação aos stakeholders) e estratégia funcional ( o que cada função deve desempenhar dentro de cada empresa)
  2. Perspectiva Bottom-Up (de baixo para cima): o que a experiência sugere que as operações deveriam fazer. A partir da experiência operacional. Estratégia moldada com o tempo e experiência da vida real.
  3. Perspectiva dos requisitos do mercado: o que o posicionamento do mercado requer que as operações façam. (o que o mercado quer)
  • influência dos concorrentes e dos consumidores (satisfazer clientes. Ex.: busca por preço baixo, rapidez de entrega);
  • critérios qualificadores e ganhadores de pedidos (razões-chaves para comprar o produto ou serviço)
  • ciclo de vida do produto/serviço (introdução - flexibilidade e qualidade; crescimento - acompanhar a demanda, rapidez, credibilidade e qualidade; maturidade - estabilidade de demanda, custo e credibilidade; e declínio - obj.: custo, redução)
  • clientes diferentes X objetivos diferentes

     4. Perspectiva dos recursos da produção: o que os recursos de operações podem fazer. Competência e capacidades centrais como principal influência para a estratégia.

-------------

Decisões estratégicas estruturais: são as que influenciam as atividades de projeto, ligadas ao projeto, forma de operação produtiva. Ex.: estratégia de desenvolvimento de novos produtos ou processos, estratégia de instalações, de tecnologia etc.
Decisões estratégicas infra-estruturais: são as que influenciam a força de trabalho de uma organização, as atividades de planejamento, controle e melhoria, ligadas ao dia-a-dia da produção. Ex.: estratégia de estoque, capacidade etc.

*Decisões estratégicas infra-estruturais irão orientar (ou dar suporte) às decisões estratégicas estruturais.


Procedimentos para formular a estratégia

Metodologia Hill: baseada na perspectiva Top-Down. Conexão entre diferentes níveis de elaboração da estratégia, desde os objetivos corporativos, passando pela estratégia de marketing, objetivos de produção e decisões estruturais e infra-estruturais. Composta por 5 passos:

  1. compreender os objetivos corporativos a longo prazo
  2. entender a relação entre a estratégia de MKT com os objetivos corporativos
  3. traduz a estratégia de marketing em fatores competitivos (ganhadores e qualificadores de pedido)
  4. "escolha do processo" - análise de volume/variedade
  5. análise das características infra-estruturais

> visões de mercado e recursos
Oportunidades Internas.

Procedimento Patts-Gregory: baseado em identificar lacunas entre o que o mercado quer e como a operação da empresa está atendendo esses requisitos. Comparação entre o que o mercado deseja e como a operação produtiva se desempenha. Composto por 3 etapas:

  1. Identificação de oportunidades e ameaças. O que o mercado deseja. Como a produção entrega;
  2. análise da capacidade e da produção existente;
  3. "o que precisamos fazer para melhorar?" Estratégia de produção revisada.
Exigências do mercado e desempenho da produção.
Oportunidades Externas.

Fim. (sos Lady Gaga x_x)

1

O gerente de produção e a tomada de decisão

Posted by alovose on 14:39
  • Os gerentes de operações ou produção são responsáveis por planejar e tomar decisões que afetam diretamente o sucesso da organização. Criam regras e estruturas de decisão que permitem ao sistema produzir produtos e entregar serviços de acordo com o esperado.
Existem três tipos de responsabilidades:



  1. Responsabilidades Diretas: 

  • entender os objetivos estratégicos da produção
  • projeto de produtos e serviços
  • planejamento, controle e melhoria do desempenho da produção (melhor emprego dos recursos de produção, assegurando, assim, a execução do que foi previsto - melhorar o desempenho de suas operações)
    2.  Responsabilidades Indiretas:
  • integração com outras áreas da organização, criando responsabilidades mútuas
    3.  Responsabilidades Amplas:
  • responsabilidade ambiental, social, gestão do conhecimento, tecnologia, globalização

Campos privativos do Administrador da Produção: Controle, Pesquisa e Planejamento da produção, e análise de custos.

TOMADA DE DECISÃO


Decisão: é o curso de ação escolhido como o meio mais efetivo à disposição para alcançar objetivos pretendidos.

Pressupõe-se que existam três tipos de ambientes de decisão:
1) Certeza: onde custo, capacidade e demanda tem valores conhecidos;
2) Risco: onde existem apenas resultados esperados - probabilísticos - previsíveis
3) Incerteza: impossível avaliar a probabilidade de ocorrência de vários eventos futuros possíveis. Ex.: desastres naturais.

Processo para a tomada de decisão: 

1 - reconhecer e definir claramente o problema
2 - coletar informações necessárias para analisar possíveis alternativas
3 - escolher a alternativa mais viável
4 - implementar a alternativa escolhida
5 - monitoramento para que a decisão tomada alcance os resultados desejados

Níveis Decisórios

  • Decisões Estratégicas: menos estruturadas e com consequência a longo prazo. Ex.: localização de nova unidade.
  • Decisões Táticas: são estruturadas, rotineiras, repetitivas, tem consequência a médio prazo.

[ nível gerencial > efeitos a médio prazo. Ex.: Programa da Produção, gestão de estoques.]

  • Decisões Operacionais: são estruturadas e rotineiras, ligadas ao controle e às atividades operacionais da empresa, para alcançar padrões de funcionamento pré-estabelecidos. Ex.: execução dos planos de produção, e execução da gestão de estoques. (execução dos planos ou decisões tomadas no tático)

O processo de tomada de decisão implica muita criatividade e muita imaginação. É sequencial, decisões não são isoladas (fruto de uma série de fatos anteriores). O administrador dispõe de vários instrumentos para a tomada de decisões, como:
  • abordagem quantitativa: através de soluções matemáticas e estatísticas para resolver problemas gerenciais;
  • análise de custo-benefício;
  • estabelecimento de prioridades (há elementos mais importantes que outros);
  • abordagem sistêmica: levar em consideração o impacto sobre todas as partes do sistema;
  • ética (como as decisões irão afetar os stakeholders)
  • outras ferramentas: ponto de equilíbrio, árvore de decisão (modelo com alternativas disponíveis e possíveis consequências), análise da sensibilidade (variação de preço, demanda e taxa de juros que podem afetar as alternativas escolhidas), matriz de preferência (classifica as alternativas de acordo com vários critérios de desempenho)

Existem alguns obstáculos para a decisão de qualidade, que são
Racionalidade restrita: limites impostos na tomada de decisões devido a fatores como:
  • limitações pessoais (hábitos, julgamentos, valores pessoais etc)
  • dificuldades oriundas do ambiente (flutuação da política econômica)
  • custos
  • tempo
  • conhecimento insuficiente
  • escolha do problema certo
Além disso, questões éticas influenciam diretamente, já que os gerentes precisam levar em conta como suas decisões irão afetar os acionistas, a Administração, os funcionários, os clientes, a comunidade em geral e o meio ambiente.

E aqui um print do esqueminha no nível decisório:

Tendências da administração:
  • melhoria da produtividade
  • competição global
  • rápidas mudanças tecnológicas
  • questões éticas
  • questões ambientais

3

Administração da Produção nas Organizações

Posted by alovose on 13:10
Administração da Produção é responsável pela transformação dos INPUTs em OUTPUTs. Em outras palavras, recebe recursos de entrada, transforma-os e os devolve em forma de bens ou serviços. Existem diferenças básicas entre o processo de produção de bens e serviços, relacionados principalmente com a natureza dos seus INPUTs. Os inputs são divididos em: recursos transformados (aqueles que são convertidos de alguma forma: materiais, informações, consumidores. Ex.: fábrica, jornal, hospital, respectivamente) e recursos de transformação (aqueles que agem sobre os recursos transformados: funcionários e instalações). Já em relação aos outputs, bens e serviços diferenciam-se de acordo com:
- tangibilidade
- estocabilidade
- transportabilidade
- simultaneidade (serviços consumidos no momento em que são produzidos = simultâneo)
- contato com o consumidor: bens - contato baixo; serviço - contato alto
- medida de produtividade: bens - simples; serviços - difícil

A função produção tem como responsabilidade satisfazer as solicitações dos consumidores por meio da produção e entrega de produtos e serviços. À medida que o marketing (comunicação) identifica as necessidades dos consumidores e a função desenvolvimento do produto ou serviço CRIA ou desenha novos produtos, a função produção tem como objetivo produzir e entregar, ou ainda, disponibilizar o produto ou serviço ao consumidor. A função produção configura-se como uma das funções centrais na organização, juntamente com o marketing (incluindo vendas) e a função desenvolvimento do produto ou serviço. Entretanto, é necessário trabalhar em conjunto com as funções de apoio, como a função contábil e a função recursos humanos.

A importância do gerente de operações, nesse caso, está em sua capacidade de planejar e tomar decisões em cima de demandas, criando assim medidas de desempenho e melhoria das atividades. Estabelecem regras e estruturas de decisão que permitem ao sistema produzir produtos ou entregar serviços de acordo com o esperado.

A função produção deve integrar os departamentos da organização de modo a formar uma cadeia de valor, ou seja, uma série de processos inter-relacionados que produz um serviço ou produto para satisfação dos clientes. Dinâmica da logística interna. É a integração de inúmeros elos para o processamento de materiais, buscando agregar valor DURANTE o processo de transformação.

Processos essenciais (entrega valor ao cliente externo) e processos de apoio (provem recursos para que os processos essenciais funcionem): mais ou menos a mesma divisão das funções centrais e de apoio.

O que é valor agregado?
É o termo utilizado para descrever a diferença entre o valor ou o preço dos outputs e o custo dos inputs.

Os 4 V's da Produção


Embora as operações sejam similares entre si na forma de transformar os recursos de input em output de bens e serviços, apresentam diferenças em quatro aspectos importantes: as operações produtivas diferem uma da outra em termos de:
1) volume de output
2) variedade de output
3) variação da demanda do output
4) grau de "visibilidade" (contato com o consumidor) envolvido na produção do output

VOLUME: quanto maior o volume, menor o custo pra produzir. Custo unitário baixo. Denota sistematização e especialização. Se o volume for baixo, o custo unitário tende a ser maior tendo uma existência de menor sistematização.
VARIEDADE: Quanto menor for a variedade, menores serão os custos. Denotando padronização e rotinização. Por outro lado, quanto maior a variedade, maiores serão os custos. Por ser flexível, atende melhor as necessidades dos consumidores.
VARIAÇÃO DA DEMANDA: Quanto maior a variação da demanda, mais flexível a empresa deverá ser. Dessa forma, deve se antecipar frente as variações, o que resulta em um alto custo unitário. Quanto menor a variação de demanda, menor o custo unitário, maior a sistematização e mais estável é a organização.
VISIBILIDADE (contato):  Quanto menor a visibilidade menores serão os custos. CU baixo. Tempo entre produção e consumo padronizado. Alta visibilidade pressupõe tolerância de espera limitada, satisfação pela percepção, alta variedade e alto custo unitário.

Sistematizando:


VOLUME   –       ALTO   =  CUSTO BAIXO
                                             
VARIEDADE   -   BAIXA  =  CUSTO BAIXO
VARIAÇÃO  DA - BAIXA  =  CUSTO BAIXO
     DEMANDA
VISIBILIDADE -   BAIXA = CUSTO BAIXO  

0

Produtividade

Posted by alovose on 11:50
É um índice que mede a relação entre o OUTPUT (bens ou serviços) gerado e os INPUTS utilizados (recursos como mão-de-obra, energia, materiais). Diz respeito ao menor ou maior aproveitamento dos recursos no processo de produção, ou ainda, o quanto se pode produzir a partir de determinada quantidade de recursos.

Produtividade = OUTPUT/INPUT

Produtividade Parcial: relação entre o que foi produzido e o que foi consumido de UM dos insumos utilizados.
Produtividade Total ou Multifatorial: relação entre o output total e a soma de todos os inputs.

Formas de melhorar a produtividade:
1) produzir mais output utilizando o mesmo nível de inputs;
2) produzir mais output utilizando um menor nível de inputs;
3) produzir a mesma quantidade de outputs com um nível menor de inputs.


Finalidade: utilizado para comparar desempenhos, como ferramenta gerencial e instrumento de incentivo.

Nem sempre a relação de produtividade e lucro é direta.

Fatores que afetam a produtividade:
- escassez de alguns recursos
- mão-de-obra (treinamento)
- inovação (tecnologia)
- restrições legais
- métodos gerenciais e organização do trabalho
- qualidade de vida
- situação econômica do país e do setor da economia analisado

0

desenvolvimento sustentável e evolução histórica do processo industrial

Posted by alovose on 11:31
Desenvolvimento Sustentável

pressupõe a utilização consciente dos recursos naturais, promovendo a eliminação dos desperdícios e a proteção do meio ambiente, de modo que a satisfação das necessidades presentes não comprometa a satisfação das necessidades das gerações futuras. O tripé da sustentabilidade: ambiental, econômico e cultural. > Proporcionar que as gerações futuras possam ser produtivas e competitivas.

AGENDA 21: busca conciliar o desenvolvimento sócio-econômico com a conservação e proteção do meio-ambiente com o objetivo de frear a degradação ambiental e promover a sustentabilidade.  É um instrumento de planejamento participativo para a construção de sociedades sustentáveis em diferentes bases geográficas que concilia métodos de proteção ambiental, justiça social e eficiência econômica.

"Economia verde". Eliminação da pobreza. "direito à vida saudável e produtiva, em harmonia com a natureza."

Evolução Histórica do Processo Produtivo


Até 1800, os processos eram artesanais, a produção era lenta e dispendiosa, não havia economia de escala. A partir de 1800 ou final do século XVIII, tem-se a 1ª Revolução Industrial pressupondo a presença do Administrador para planejar e organizar fábricas. O período que compreende os anos entre 1900 e 1950 é marcado pelo surgimento da Administração Científica, tendo grandes nomes como Taylor, Ford e Fayol. A primeira etapa é marcada pela especialização e divisão do trabalho; a segunda etapa destaca-se pela mecanização, as ferramentas foram substituídas por máquinas e a produção passou a ser massificada e padronizada com o estabelecimento da linha de montagem (maior número de peças intercambiáveis = maior rapidez na produção = padronização). Fayol desenvolve as funções da administração com o POC³ (planejar, organizar, coordenar, comandar e controlar). Ainda nesse período, existe uma significativa movimentação nos estudos das Relações Humanas, o foco passa a ser o fator humano, ênfase na motivação e estudos sobre necessidades humanas. Ênfase no bem-estar do indivíduo. No período seguinte, 1950 a 1960, os estudos são direcionados em busca da qualidade, com destaque para o modelo japonês de produção (Sistema Toyota de Produção), surgindo logo após a 2ª Guerra Mundial, marcada pela destruição do país. A ideia principal era a de eliminação dos desperdícios, o Just In Time, a produção enxuta e o benchmarking. Utilização eficiente dos recursos em função da escassez dos mesmos no Japão. O período compreendido entre 1950 e 1970 destaca Peter Drucker como o Pai da Administração Moderna (estudos: Administração por Objetivos). Surgimento da Pequisa Operacional com utilização de técnicas de simulação e programação linear. Desvinculação (do uso total) da intuição no processo decisório. 1970-1990: destaque para o setor de serviços. Crescimento de potências como o Japão. Novas técnicas: Reengenharia, Downsizing, Just In Time, Produção enxuta. A última fase caracteriza-se por ser a Era do Conhecimento e prioriza o principal capital das empresas: seus funcionários.

(de outro modo)
4ª etapa: automação do processo de fabricação que reduz a demanda de mão-de-obra (restrito às grandes empresas - robô industrial)
5ª etapa: otimização de processos (aproveitamento máximo de recursos materiais e humanos) trabalho limitado à vigilância e à supervisão;
6ª etapa: terceirização: delegar a ouras empresas a realização de parte do processo industrial.

Evolução Histórica no Brasil 


Até 1910: país essencialmente agrícola
1910-1940: implantação de indústrias de tecnologia simples
1950: surgem as primeiras escolas de Administração
a partir de 1973: ingresso na tecnologia de ponta

o básico do básico.

Ainda falta: Administração da Produção na Organização, O Gerente de Operações e a Tomada de Decisão, Estratégia da Produção e Produtividade... ou seja, isso aí em cima é 0,01 do que vai ter na prova.

0

Considerações: O Príncipe - Maquiavel

Posted by alovose on 15:05
Sem saco pra continuar a escrever sobre O Príncipe e A Guerra dos Tronos. Então aqui, um pequeno resumo das principais contribuições de Maquiavel para o mundo, discutido na última aula de Ciência Política. Foto¹:

Embora, a primeira vista se tenha uma reação muito negativa quanto à Maquiavel, penso que grande parte da disseminação dessa fama de truculento, mesquinho e mau, seja fruto da "ira" da Igreja Católica. Afinal, Macc provocou a ruptura com o cristianismo, desvinculou a religião das decisões políticas. E mais do que isso, quebrou valores que eram convencionados pela Igreja, como quando diz que a crença da predestinação é inútil. O homem pode alcançar o poder, ter sucesso, ser rico e isso não vai levá-lo para o inferno. O homem deixa de ser objeto da história (já que nessa visão ele é vítima do destino) e passa a ser o próprio sujeito (o homem pode escrever a sua história, ser o agente da ação). Além disso, qualquer homem pode ser vitorioso, desde que saiba utilizar a virtú (sabedoria) e saiba tirar proveito da fortuna (sorte/acaso) - colocando situações inesperadas a seu favor.

Dessa forma, Maquiavel preconiza um Estado laico, onde os homens podem agir na vida pública. O príncipe não pode agir de acordo com a moral religiosa, mas de acordo com a necessidade da situação.

Maquiavel parte do pressuposto filosófico de que a natureza humana é maligna, ruim. A maldade está oculta em todos os homens. E quando surge a oportunidade, ele a usa. Por isso a necessidade de exercer poder e aí entra a política como intermediadora, a ciência do poder, para balizar os interesses da sociedade. Uma sociedade em que é dividida entre aqueles que querem oprimir e dominar, e aqueles que não querem ser oprimidos tampouco dominados. E justamente por explanar as coisas dessa forma,  as duas faces do poder, Macc alerta os príncipes mas também da lição ao povo. A política é um jogo de interesses, simulação de papéis, onde é imprescindível  fingir ser o que não é².

Maquiavel diz ainda que a característica do príncipe deve ter é a onipotência, ele deve desejar o poder³. Na célebre frase de Macc que "é melhor ser temido do que amado", vale ressaltar QUE, ele só admite essa opção quando não se pode escolher as duas coisas ao mesmo tempo (em equilíbrio), então é mais seguro ser temido. E defende sua ideia partindo do ponto em que o homem ofende mais facilmente aquele que ama do que aquele que teme, pois o temor é mantido pelo medo do castigo. Mas atenção: não confundir ser temido com ser odiado. Esse temor tem mais a ver com respeito do que com ódio, afinal o príncipe deve sempre buscar o amor dos seus súditos, se não houver saída, buscar então, o respeito. E aí entra a outra frase "os fins justificam os meios". Pode-se buscar o respeito através da força e da violência, podendo punir exemplarmente aqueles que iniciam as desordens no reino a fim de se evitar desordens maiores no futuro. Além disso, o príncipe não deve manter a sua palavra quando esta não lhe convém, ou quando as causas que o levaram a empenhá-la desapareceram. E AÍ, entra a questão das estratégias da manutenção do poder. Fazer o mal de uma única vez e o bem "à conta-gotas". Agora, a gente acha isso tudo muito radical e desumano. Mas não é praticamente isso que acontece hoje?! O problema está em nossa cabecinha que idealiza tudo, e bem nessa questão, Maquiavel se destaca por romper com os clássicos greco-romanos (apenas nesse aspecto, já que resgata fatos históricos como forma de aprender com a experiência passada, afinal a sociedade é mutável, mas a história é cíclica, e aí reside a necessidade de conhecer o passado e aprender com ele), que na maioria das vezes preconizava uma república ideal, como A República de Platão. Maquiavel escreveu sobre a realidade como ela é, e não como deveria ser.

Bem, na minha opinião, Maquiavel não foi essa coisa temível e odiosa que no primeiro momento a gente tende a pensar que é - a  gente, vírgula, eu sempre simpatizei com ele. A grande questão dessa sua má fama, está associada a quebra de valores, à ruptura com a moral religiosa e o retrato da sociedade como ela é. O Príncipe é um clássico que é utilizado pelos principais líderes da atualidade. Os escritos tanto proporcionam uma visão detalhada dos governantes como também dos governados, depende do ponto de vista e depende da interpretação que é feita. Por isso, é mais do que recomendável ler a obra mais de uma vez, porque se pode fazer várias interpretações. Particularmente tive essa sensação quando li pela segunda vez. E sei que não vai demorar para ler uma terceira, quarta ou quinta vez. O livro é irremediavelmente bom (apenas para dizer que aprendi essa palavra nova em algum livro que não lembro e tive que usar - deve sim ter sido o Guia do Mochileiro das Galáxias).

1: Pra quebrar um pouco o clima e em vez de o príncipe, colocar a minha princesa/rainha. hehe
2: Na hora que falei isso na aula, deu uma vontade loooooooooouca de colocar Lady Gaga na história e falar da Poker Face, mas né... não tive essa audácia.
3: Isso é verdade, podemos claramente ver isso na nossa deusa Lady Gaga.

0

O Príncipe e a Guerra dos Tronos

Posted by alovose on 08:12
Depois da releitura de "O Príncipe" do querido Niccolò Macchiavelli (vale ressaltar que a releitura esclareceu mil coisas que não entendi da primeira vez), não pude deixar um momento se quer de relacionar com o cenário da série "A Guerra dos Tronos". E achei fantástico o modo como foi fácil relacioná-los.

O livro está dividido em 4 partes (mas eu quero falar só de duas): a primeira faz análise dos diversos tipos de principados (ou governos), os meios de conseguir conquistá-los e como mantê-los após a conquista. Maquiavel diz que existem dois tipos de príncipes, o natural (hereditário) e o novo (não-hereditário). Ambos enfrentam dificuldades para manter o reino, entretanto, o príncipe natural possui dificuldades menores já que para ter sucesso, basta manter os costumes de seus antepassados (claro, não só isso, mas o essencial está aí). O príncipe novo é o que mais encontra problemas, já que na maioria das vezes conquista o reino por meio de batalhas "injustas" (ele não tem o direito ao trono já que não é da linhagem real ou pelo menos não está na linha de sucessão) e o poder conquistado é usurpado. Os perigos de não aceitação do novo príncipe são gigantescos, uma revolta no reino é iminente, ora por conta do descontentamento ora pela crença do povo no bem-estar futuro que esse príncipe possa trazer, criando  ilusão e a posterior revolta após promessas não serem cumpridas e/ou mantidas. Robb Stark quando assume  Winterfell é aclamado pelo povo, aliás, é bem aceito. Tudo ocorre com normalidade, Robb é próximo Stark da linha de sucessão. Ele mantém os costumes do pai Eddard Stark. Esse é o príncipe hereditário. Entretanto, para os mais avançados na série, Theon Greyjoy assume, por meio de um ataque surpresa e bastante arriscado, o castelo. A revolta do povo de Winterfell é monstruosa, sendo estes responsáveis por diversos atentados no castelo contra os novos ocupantes. Em "O Príncipe", Maquiavel diz que quando ocorre essa troca de figura do poder, é essencial para o novo príncipe manter os costumes, leis e impostos, sem extinguir a linhagem do príncipe (desde que não provoque problemas). O Príncipe deve habitar no local conquistado para conseguir acompanhar as desordens do castelo e conseguir reprimi-las com velocidade, de modo que deve buscar sempre conquistar o "amor" dos súditos. Theon fez tudo isso, mas ao contrário, embora tenha falhado na extinção da linhagem real dos Stark. Ele até tentou morar no castelo, e tentou reprimir as desordens (causadas por ele mesmo após invadir o castelo), mas as decisões que tomava o afastavam da possibilidade de conquista do amor do povo, já que comumente decidia por decapitar quem quer o desrespeitasse e não o aceitasse como Senhor de Winterfell. [é cada uma, viu]

Não que Maquiavel não consentisse com a crueldade do jovem Theon, (até porque "os fins justificam os meios") mas havia "porém's", casos e casos. Como Theon conquistou Winterfell com um pequeno número de soldados (é essa palavra? vixe), dias depois, os vassalos de Winterfell reuniram-se no lado de fora do castelo para expulsar Theon de lá. Segundo Maquiavel, todo reino fácil de conquistar é difícil de manter, e inverso também vale. Quando os principados são conquistados por meios criminosos, levam à conquista do poder, mas não a glória. E Theon sentia-se muito desgostoso, mesmo após estar no trono do Gelo.Visivelmente preocupado, já que não dispunha de muita força para combater, Theon (burro) contratou um mercenário para buscar outros mercenários que iriam compor sua tropa e então enfrentar os vassalos de Winterfell. Maquiavel diz: cuidado com forasteiros potencialmente fortes. Os mercenários até conseguiram destruir os vassalos dos Stark. Entretanto, após o combate, voltaram para o castelo e mataram Theon e sua corja. Novamente, Theon não fez a lição de casa. Vale ressaltar que além de ter ocupado o trono de Gelo, Theon fez com que acreditassem que (ele mesmo) extinguiu a linhagem Stark, expondo em lanças as supostas cabeças dos pequeninos Stark: Rickon e Bran. E creio eu, este foi o estopim da revolta entre quem estava dentro do castelo e os de fora (vassalos) contra Greyjoy.

Entretanto, o que Theon teve de burro, Robert Baratheon compensou com astúcia. Quando destruiu os Targaryen - dos dragões e do fogo - (muito antes de tudo o que foi dito acima acontecer), Robert não era da linhagem real. Conquistou o reino de Westeros (os Sete Reinos) com muita dificuldade, porém com armas próprias e mais: ele era o líder da tropa. Embora até o final de sua vida tenha agido com certa displicência e à beira de "porres" e extravagâncias, foi um bom Rei. Não oprimiu o povo. Agia entre eles e foi o que a gente conhece hoje como um líder carismático. Carismático? Será? Aceito objeções. Mas em comparação de Robert com Joffrey (suposto filho de Robert com Cersei, que é na verdade fruto do incesto de Cersei com seu irmão Jaime), Robert foi Jesus na causa. Bem, só pra citar os diversos exemplos no livro que podem ser utilizados. Voltarei para o caso Greyjoy.

Em suma, Theon deveria ter o povo como amigo, mas como foi negligente, teve o povo como inimigo. Confiou demais nos mercenários e perdeu o que conquistou pagando com a própria vida. O que se pode concluir que: ao assumir o poder de um lugar novo, deve-se buscar a confiança das pessoas e não suscitar o ódio das mesmas. Não se deve (logo de cara) querer mudar os costumes do local. Se quer fazer isso, faça lentamente. Opa, mas Macc (pros íntimos) diz que: se quer fazer o mal, faça-o de uma vez só. Mas quem disse que a mudança é um mal?! Nem sempre. Depende dos objetivos de quem governa e depende do modo como a mudança é empregada. Mas no sentido organizacional, modificar a cultura de uma empresa é muito difícil, de modo que, eu acredito, deve ser feita lentamente, até mesmo por conta da aceitação. Vai mudando aos poucos e as pessoas nem se dão conta, de repente, dominay. Ah sim, pensamento super maquiávelico esse meu. E arrisco até transpassá-lo para outras ocasiões que não militares tampouco organizacionais, mas tudo bem.

Vou deixar a outra parte para outro post, que é a parte em que Maquiavel fala da conduta do Príncipe.

Copyright © 2009 alovose All rights reserved. Theme by Laptop Geek. | Bloggerized by FalconHive. Distribuído por Templates