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Sistema Toyota de Produção

Posted by alovose on 11:04


O Sistema Toyota de Produção embora tenha sido desenvolvido no Japão é muito mais americano ou ocidental do que oriental. Na verdade é um aprimoramento dos métodos americanos que foram levados a sério muito mais pelos japoneses do que pelos próprios americanos. O americano Deming quando prestou serviços para empresas japonesas, foi apenas reconhecido anos depois pelo seu trabalho e não por tê-los desempenhado em sua terra, mas no Oriente. E as raízes do Sistema Toyota de Produção estão exatamente aí, são um tipo de herança das teorias e técnicas de Taylor, Ford, Deming e outros caras (caras. é).

Bem, o Sistema Toyota de Produção possui duas máximas: eliminação de desperdícios e fabricação com qualidade, onde é essencial que haja comprometimento e envolvimento dos funcionários. Deixa assim, subentendido a existência da administração participativa dos funcionários no processo decisório.
(participação = qualidade + produtividade)


Em uma fábrica, eliminar desperdícios significa reduzir ao mínimo a atividade que não agregam valor ao produto. De acordo com a Toyota, existem 7 desperdícios mortais, que são:
1. tempo perdido em conserto ou refugo;
2. produção além do volume necessário ou antes do momento necessário;
3. operações desnecessárias no processo de manufatura;
4. transporte;
5. estoque;
6. movimento humano;
7. espera.

Ok. O Sistema Toyota de Produção possui 3 idéias principais para eliminar o desperdício, que são:

  •  Racionalização do trabalho: onde em vez de um supervisor, agora existe a figura do líder dentro da equipe devendo este trabalhar junto com o grupo e coordená-lo, substituindo qualquer trabalhador que faltasse. Em seguida esses grupos receberiam tarefas simples de manutenção de seus próprios equipamentos, consertos de pequenas ferramentas e controle de qualidade;
  • Just In Time: - produzir na hora certa, no momento certoo método Just In Time procura reduzir ao mínimo o tempo de fabricação e o volume de estoque. Pra isso promove o corte de vários fornecedores fazendo parceria com apenas uma parte deles visando fortalecer a cadeia de suprimentos. "Na linha de produção o Just In Time funciona como em um supermercado. O operador que precisa de peças entrega um cartão especificando o que deseja e leva outro, que acompanha o material que recebeu. O cartão, chamado KANBAN, é o sinalizador da movimentação de suprimentos.";
  • Produção Flexível: consiste em fabricar produtos, em geral, em pequenos lotes, de acordo com encomendas dos clientes. Para isso, é preciso fazer mudanças constantes nas máquinas da linha de produção. 

A fabricação com qualidade tem como finalidade identificar e corrigir defeitos e eliminar suas causas. Conta também com três elementos: fazer certo da primeira vez, corrigir erros em suas causas fundamentais e círculos de qualidade. 

Pra não estender muito, falarei apenas dos círculos de qualidade, onde um grupo de voluntários de um mesmo setor ou área de trabalho se reúnem regularmente para estudar e  propor a solução de problemas que estejam comprometendo a qualidade e a eficiência dos produtos. A metodologia para aplicar os círculos de qualidade consiste em:
  1. identificar os problemas na qualidade que causam prejuízos
  2. identificar os problemas prioritários
  3. propor soluções e formas de implementá-las para corrigir os problemas
Duas técnicas principais fazem parte da metodologia: o Princípio de Pareto e o Diagrama da Espinha de Peixe ou Diagrama de Ishikawa. 

  • O princípio de Pareto é uma técnica que permite à empresa selecionar prioridades quando há um grande número de problemas. (não vou estender)
  • Já o diagrama de Ishikawa tem por finalidade organizar o raciocínio e a discussão sobre as causas de um problema prioritário de qualidade. (...) Problemas de fábrica, de forma geral, possuem quatro tipos de causas, das quais saiu a designação 4M: mão-de-obra, método, materiais e máquinas. Que podem variar, obviamente, dependendo do tipo de problema e empresa. 

Fator cultural na administração japonesa: combate ao desperdício e trabalho de grupo.

Achei interessante esses escritos sobre a cultura japonesa... vou transcrevê-los aqui:

"O hábito de combater o desperdício é um exemplo de traço cultural muito antigo. País pequeno, com poucos recursos naturais, o Japão estimulou em seus habitantes o espírito da economia e eficiência, a combatividade e a capacidade de cooperação para sobreviver em um ambiente hostil. Depois da guerra, a escassez de recursos tornou-se dramática, provocando dificuldades que só se amenizaram como resultado de um longo período de trabalho duro e metódico. É natural que os japoneses tenham adotado seriamente a doutrina de aprimorar continuamente  a utilização de recursos na administração de suas empresas."

nemawashi: é o processo decisório que se baseia mais no consenso do que na autoridade gerencial. 

  • necessidade de cooperar
  • necessidade de fazer parte de um grupo para manter a identidade e o amor próprio (herança do sistema feudal japonês, era Meiji) 
  • interdependência entre as pessoas
  • organização de uma sociedade em "círculos" interdependentes de pessoas
  • espírito de lealdade ao grupo que reflete em uma ética de responsabilidade social: o indivíduo acostuma-se a pensar antes nos outros que em si próprio.
  • abolição de distinções hierárquicas

palavras-chaves do Sistema Toyota de Produção: eficiência, qualidade e participação dos funcionários nas decisões



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Administração da qualidade

Posted by alovose on 08:05


Eu deveria começar pelo começo do livro que estou estudando, mas a teimosia me faz querer começar pela metade do livro que situa-se exatamente no último capítulo que estudei: Administração da qualidade.
Referência bibliográfica: Teoria Geral da Administração - Antonio Cesar Amaru Maximiano

Conceito

O que entendo por qualidade? Bem, quando ouço qualidade já vou logo imaginando um produto ótimo, fino, eleante e obviamente, digno da minha adoração. Como diria RB (um grande professor de Administração Financeira) "é mais ou menos por aí!". Nesse caso, qualidade remete a várias outras palavras que podem compor uma definição, vejamos:

Excelência, Valor, Especificações, Conformidade, Regularidade, Adequação ao Uso.

Gostaria de comentar o conceito de cada um, mas vai me tirar muito tempo. Porém, gostei do conceito de excelência que está no livro:

Excelência: característica que distingue alguma coisa pela superioridade em relação aos semelhantes e depende do contexto.

Nada de mais... apenas porque aprecio a palavra superioridade. 

Custos de Qualidade e Custos de não-qualidade

Para que os produtos ou serviços de uma organização sejam de qualidade, é necessário fazer investimentos, de modo que a qualidade seja alcançada e mantida ao longo do tempo. Nesse caminho, existem os custos de qualidade e os custos de não-qualidade. 

Os custos de qualidade são basicamente os custos de prevenção de avaliação. No primeiro caso, os custos de prevenção servem para evitar a ocorrência de erros e defeitos. No segundo caso, os custos de avaliação referem-se a custos de inspeção para avaliar o sistema de produção de bens e serviços.

Os custos de não-qualidade são provenientes da falta de adequação ao uso, ou "a falta de qualidade". Nele estão os custos internos e custos externos. Nos custos internos dos defeitos eles são identificados ANTES de   os produtos ou serviços chegarem ao cliente. Já nos custos externos dos defeitos, são identificados DEPOIS de os produtos ou serviços chegarem aos clientes.

Assim, aumentar a adequação ao uso significa eliminar custos (de não-qualidade) e aumentar a eficiência dos recursos produtivos. E exatamente por isso "mais qualidade custa menos".

Eras da histórias da qualidade

A história da evolução que transformou o controle tradicional da qualidade na moderna administração da qualidade total têm três períodos ou eras principais, que são: era da inspeção, era do controle estatístico e era da qualidade total. A era da inspeção caracterizou-se pela possibilidade de observar e manusear produtos que podiam ser expostos. Ainda hoje é possível visualizar tal prática, como em feiras livres ou supermercados. A era do controle estatístico se deu em resposta a produção massificada, que impossibilitou a observação manual de cada peça. Dessa forma, passou a ser inspecionado uma amostra que poderia ser estendida ao lote do qual foi extraída. A era da qualidade total sai do "chão da fábrica" e diz que a qualidade total deve ser alcançada por todos e abrange todos os estágios do ciclo industrial. Focaliza o cliente, e planeja o produto de acordo com as necessidades e desejos do cliente, bem como quanto ele está disposto a pagar. Na era da qualidade total, existe a necessidade da visão sistêmica, implantando um sistema de qualidade envolvendo todos os departamentos da empresa, buscando satisfazer os clientes e atender os interesses econômicos da mesma. Nesse sentido, "a qualidade depende da participação e do apoio das pessoas".

A escola japonesa da qualidade total: aprimoramento da qualidade.

palavras-chaves: predominância do cliente, importância da mentalidade preventiva, necessidade do envolvimento da alta administração.

*retomando o assunto em 26/09/11*

Qualidade total de acordo com Ishikawa e Feigenbaum: a qualidade total é uma responsabilidade de todos, coordenada e orientada por uma gerência de qualidade. 

Bem, como perdi o raciocínio do resumo que ia fazer, acho vou copiar o resto que grifei e que me pareceram importantes no livro. Os 14 pontos de Deming ou princípios compõem um método para implementar a administração da qualidade. Junto com esses princípios trouxe também um plano de ação para eles, o chamado ciclo PDCA, não sei se lembro direito, mas na aula acho que chamavam de matriz PDCA, e não lembrava até reler aqui no livro, porque se não me engano esse assunto foi em TGA 2 e eu não aprendi porra nenhuma. Enfim, o ciclo PDCA (plan, do, checking - observar -, action - relacionado com o estudo dos resultados) coloca em prática os 14 princípios de Deming, que eu LÓGICO, não vou escrevê-los todos aqui porque nem se eu quisesse colocaria todos na cabeça. oxe. Mas de todos eles, achei algumas palavrinhas que me soaram muitíssimo interessante: despertar para o desafio concretizar a transformação

Após todo esse caminho, por volta dos anos 80, depois de todos os princípios e métodos para aplicar a administração de qualidade, esta evolui para a filosofia da qualidade total. 

"Na era da inspeção e do controle estatístico a ênfase está na qualidade do produto ou serviço. Na era da qualidade total, a ênfase desloca-se para o sistema de qualidade." 

A qualidade total abrange também a qualidade assegurada. Onde os fabricantes recebem produtos com qualidade assegurada dos seus fornecedores e repassam produtos de qualidade assegurada para os seus clientes. Assim, por meio da garantia de qualidade, em uma cadeia de produção, a organização procura aprimorar e controlar a administração de seus fornecedores, e não a qualidade de seus produtos ou serviços. 

Ou seja, se os fornecedores não tiverem um produto de qualidade, nós também não teremos um produto de qualidade para oferecer para nossos clientes, e assim, teremos que arcar com os custos de não-qualidade e aí, já viu. 

Para "controlar" a qualidade dos produtos dos fornecedores a empresa pode instituir um tipo de auditoria nessas empresas pra saber se é vantajoso ou não adquirir os produtos de um fornecedor X. E pode fazer isso periodicamente. Para aqueles fornecedores que são aprovados eles passam a condição de credenciados ou qualificados. ou seja, com o selo: AÍSIM

Agora, falarei sobre a ISO, assunto que tive que apresentar um trabalho no final do 5º semestre. 

Bem, a ISO não é nada mais, nada menos que uma organização que sistematiza normas técnicas em todo o mundo. Vamos lá. No Brasil, a ISO é representada pela ABNT, que é a organização nacional da normalização. "Devido a sua grande aceitação, as normas ISO, passaram a ser adotadas como mecanismos de auditoria de qualidade. [...] A família ISO 9000 de normas representa uma espécie de consenso internacional a respeito de boas práticas de administração da qualidade, mas não é uma garantia de qualidade. " - fraco.

Desde os seus primórdios, a industrialização levantou questões relativas à padronização, ao gerenciamento de processos e a qualidade dos produtos. No início do século destacaram-se os estudos de Frederick Taylor (Administração Científica - estudo de tempos e movimentos, racionalização do trabalho, registro de atividades etc) visando racionalizar (padronizar) as etapas de produção, aproveitados com sucesso por Henry Ford que implantou a linha de montagem. Diante disso, com o fim da Segunda Guerra Mundial, em 1946, representantes de 25 países reuniram-se e decidiram criar uma organização internacional com o objetivo de "facilitar a coordenação internacional e unificar padrões industriais." Essa organização é a ISO (International Organization for Standardization) que iniciou suas operações em 1947, em Genebra, na Suiça. 

* normas de gerenciamente da qualidade, na cadeia produtiva, dos fornecedores aos serviços pós-venda.* e essa frase resumiu tudo de tudo de tudo. e tava solta aqui no meu resumo. 

O propósito da ISO é desenvolver normas (de gestão) que possam ser utilizados em qualquer parte do mundo. É uma organização que promove a padronização dos processos. 

A implantação de um sistema de qualidade possibilita o aumento da competitividade, a otimização de processos e a redução de custos, consequentemente, influenciando de maneira positiva a satisfação dos clientes.

E por hoje é só. :D


No próximo post: Modelo Japonês de Administração



alovose

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first time

Posted by alovose on 17:37
Vamos ver se a ideia de escrever meus resumos aqui dará certo, porque necessito de uma maneira diferente de estudar e fixar as coisas na cabeça. Pois é.

só pra estrear (e pra se caso algo acontecer, deixar claro, que o que valeu foi a minha humilde intenção) :D


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